Três meses após ordem judicial, Araraquara (SP) ainda tem falta de professores

Três meses após determinação da Justiça para que Araraquara (273 km de São Paulo) completasse o quadro de professores --na época o deficit era de 32 docentes--, algumas escolas da cidade ainda têm janelas em até seis disciplinas. É o que aponta relatório feito pelo Sismar (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região), entregue ao Ministério Público Estadual na última sexta-feira.

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O sindicato visitou na semana passada 13 escolas municipais de ensino fundamental e constatou que em oito o quadro de funcionários não estava completo. Faltam professores de inglês, português, artes, filosofia, geografia e educação física. Segundo o Sismar, as faltas por afastamentos de doença são, na maioria, de docentes de escolas com problemas de indisciplina.

"Tem escola com situação crítica. Há relato de professores ameaçados tanto pelos alunos quanto por pais", diz o presidente do Sismar, Valdir Teodoro Filho.
O relatório também aponta que parte das "janelas" são supridas por agentes educacionais. A falta de profissionais foi alvo de ação da Promotoria, que apurou que o problema existia desde o início do ano em 12 escolas.

Segundo o secretário da Educação, Orlando Mengatti Filho, não há carência de professores e sim absenteísmo dos profissionais. "Não entendemos porque há tantos afastamentos e faltas. Queremos inclusive deixar claro que precisamos do sindicato para entender e solucionar essa situação." Quanto à violência destacada pelo Sismar, o secretário diz desconhecer a denúncia.