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22/09/2010 - 10h14

Mais do que a técnica, cursos de comunicação têm foco nas pessoas

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ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Entender as novas mídias, dominar programas de computador e conhecer o que está em alta no mercado de trabalho parece a receita do sucesso para qualquer estudante de comunicação --área que inclui cursos como jornalismo, cinema e publicidade e propaganda.

A importância desses conhecimentos é reconhecida, mas, segundo os professores da área, eles podem ser insuficientes para aquele aluno que não consegue se sair bem em uma determinada tarefa: compreender o que as outras pessoas dizem.

Eduardo Anizelli/Folhapress
Aluna do curso de comunicação social, Lais Medeiros, faz gravação de audio no laboratorio da faculdade ESPM
Aluna do curso de comunicação social, Lais Medeiros, faz gravação de audio no laboratorio da faculdade ESPM

"Entender de gente é tão ou mais importante do que dominar uma técnica", aponta o coordenador de comunicação social da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Luiz Fernando Garcia. A ESPM abre em 2011 um curso de jornalismo com foco corporativo.

É pela necessidade dessa habilidade interpessoal que alguns cursos da área têm repensado os seus currículos. Também para se atualizar em relação às novidades do mercado, mas, principalmente, para integrar cada vez mais cedo a prática e a teoria.

"As disciplinas [teóricas] são fundamentais para que o aluno possa processar o conhecimento prático com mais facilidade e não se torne um simples apertador de botão", diz Vagner Matrone, coordenador do curso de rádio e TV da Faap.

A conclusão tem sido uma só: a parte prática muda com a mesma velocidade com que são criadas tecnologias. O que tem sobrevivido é o conhecimento teórico.

Para a vice-coordenadora de relações públicas da UEL (estadual de Londrina, PR), "o foco da comunicação serão sempre as pessoas, independentemente das novidades [técnicas] criadas." Além das mudanças exigidas pelo próprio mercado, os currículos dos cursos de comunicação também estão sendo repensados pelo Ministério da Educação, que determina uma base mínima que deve ser seguida por todas as graduações.

É justamente essa base que é avaliada em provas como a do Enade, que mede a qualidade dos cursos. Diretrizes mais específicas para relações públicas estão sendo debatidas por uma comissão de especialistas, antes de seguir para o CNE (Conselho Nacional de Educação), onde já estão os novos parâmetros para as turmas de jornalismo.

PARTICIPAÇÃO

Nos dois casos, a população pode contribuir. Para relações públicas, as sugestões devem ser enviadas para consulta.rp@mec.gov.br, até o dia 30. Já no dia 8 de outubro, o CNE realiza uma audiência pública em Brasília, quando discute as mudanças no jornalismo.

 

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