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27/10/2010 - 08h43

UFSCar adota Enem, mas mantém peso para disciplinas conforme curso

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ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Para 2011, a UFSCar (federal de São Carlos) substituiu seu vestibular pela nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), mas não abandonou totalmente seus critérios de seleção.

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Na semana passada, a universidade assinou o termo de participação no Sisu (sistema do Ministério da Educação que seleciona alunos apenas com a nota do Enem) e manteve uma característica do seu exame: o uso de pesos para as disciplinas, que mudam conforme o curso.

As cinco áreas do exame nacional --matemática e suas tecnologias, linguagens, códigos e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias e redação-- ganham peso 1 ou 2, definido pela coordenação de cada curso.

Como as graduações oferecidas nos três campi são independentes, cursos iguais podem acabar exigindo desempenhos diferentes. É o caso da licenciatura em física. Quem se candidata a uma vaga do curso em São Carlos precisa ir melhor em 2 das 5 áreas. O curso de Sorocaba cobra peso 2 em 3 das 5 provas. Já uma vaga em Araras exige que o estudante vá bem em 4 das 5 áreas.

"Pela experiência de processos seletivos anteriores, isso não deve acarretar prejuízo aos candidatos que se prepararam adequadamente para as provas do Enem", afirma Wagner Souza dos Santos, coordenador da Covest, responsável pelas seleções da UFSCar.

A decisão, no entanto, divide estudantes. Clarissa Katayama, 19, que concorre a uma vaga em medicina, acha que a diferença de pesos favorece os estudantes. "Normalmente a pessoa já vai melhor nas matérias [que são específicas para o curso]."

Natalia Sales, 19, presta vestibular para imagem e som e não gostou da proposta. "Acho que vai aumentar a concorrência, vou ter que fazer mais pontos no Enem [em relação a 2009]", diz ela.

A opinião de Natalia é compartilhada por Paula Serna, 17, que quer medicina. "Achei ridículo. Meus pais não querem que eu preste UFSCar neste ano. Agora, com esse diferença de pesos, não vou mesmo fazer."

Rodrigo Capote/Folhapress
Paula Serna decidiu não prestar UFSCar após saber da adoção de pesos para disciplinas conforme curso
Paula Serna decidiu não prestar UFSCar após saber da adoção de pesos para disciplinas conforme curso

MAIS LÍNGUAS

Entre os 56 cursos que usarão o Sisu --música terá um processo separado por ter prova de habilidades específicas--, 41 deram peso 2 para a prova de linguagens, códigos e suas tecnologias. A segunda mais cobrada será a de matemática e suas tecnologias, em 28 graduações. Em último lugar está a de ciências humanas e suas tecnologias --em 14 cursos. Apenas o curso de licenciatura em química oferecido em São Carlos preferiu dar peso 1 para todas as provas.

"NÃO" AO SISU

No termo assinado pela UFSCar, alguns cursos aparecem com a resposta "não" para a pergunta "Este curso participa do Sisu?". O coordenador da Covest explica que essas respostas "refletem apenas 'cadastros de cursos' que a universidade possui no MEC" e que não devem ser levadas em consideração. "Todas as vagas da UFSCar serão pelo Sisu", esclarece Wagner.

 

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