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06/11/2010 - 20h07

Para professores, 1º dia do Enem teve prova interpretativa; veja correção

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Atualizado às 21h08.

Professores de cursinhos consultados pela Folha consideraram que as provas da 1ª etapa do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), realizada neste sábado em todo o Brasil, exigiu bastante da capacidade de interpretação de textos do aluno.

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Para Edmilson Mota, coordenador do Etapa, de modo geral o nível da prova foi de médio para fácil. "As expectativas com estas provas sempre são grandes e, este ano, foram geradas pelo comentário do Ministro de que enunciados seriam mais curtos. De uma maneira geral isso ficou melhor, a condição de leitura e tempo foram de uma melhoria significativa", comentou.

Segundo ele, o modelo de prova do Enem deste ano está semelhante ao das universidades, como, por exemplo, a Fuvest. " O modelo antigo tinha seus temas favoritos e isso agora foi rompido com uma abangência maior das provas".

De acordo com o Professor Nicolau Marmo, coordenador geral do Anglo, a prova ciências humanas foi abrangente e a mais fácil das duas. Mas a de ciência da natureza pecou por falta de abrangência e deixou de analisar pontos importantes não foram cobrados.

Ele elogiou, no entanto o tamanhos dos enunciados, que conforme o ministro prometeu, diminuiu. "Em Ciências Humanas os textos foram enxutos, em ciências da natureza tivemos alguns enunciados de página inteira, mas de qualquer forma, reduziu o tamanho".

Para Marmo, em 2011 a prova do Enem deve ser elaborada para avaliar o aluno para as universidades e não em relação ao ensino médio. "A prova deve selecionar os alunos para as Universidades Federais. São duas provas completamente distintas. A estrutura deve ser mantida, mas realizada em dois domingos. Ao invés de 45 questões coloquem 40, em um total de 160 testes, que vai avaliar muito bem", defende.

Desde o ano passado o Enem mudou de perfil e passou a ser realizado em dois dias, e servirá como vestibular para diversas universidades federais. Os estudantes tiveram quatro horas e meia para responder a 90 questões, sendo 45 de ciências da natureza e 45 de humanas.

Cerca de de 3,4 milhões dos 4,6 milhões de inscritos participaram da prova. A abstenção foi de 27% em todo o país, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Educação. Em 2009, 37,7% dos estudantes não compareceram.

No domingo (7), o estudante terá uma hora a mais de prova, porque, além das 45 questões de linguagens e das 45 de matemática, há também a redação.

Professores de cursinhos fazem a correção comentada da prova. Confira:

Correção feita pelo Anglo
Correção feita pelo Etapa
Correção feita pelo Objetivo

Segundo o Ministério da Educação, as provas serão divulgadas na segunda-feira (8). Já o gabarito oficial estará disponível na terça, às 18h, no site do Enem.

História

De acordo com a professora de história do Objetivo Selma Rossino, uma das questões de história continha erro de data. O enunciado falava que a abertura dos portos às nações amigas aconteceu em 1810, quando na verdade foi em 1808. No entanto, o erro não comprometia a resposta da questão. Segundo Rossino, a prova foi de nível médio para alto e abordou, predominantemente, história do Brasil com questões sobre a República, regência, movimentos sociais, entre outros.

Sociologia

Para o professor José Maurício Mazzucco, do Objetivo, as questões de filosofia e sociologia tiveram nível médio de dificuldade. Para ele, os temas estavam repetitivos e tratavam da relação entre o homem e a sua dimensão política, evolvendo a questão da ética. "Não houve nenhuma questão mais clássica. Havia duas questões praticamente iguais sobre ética e uma questão a respeito de Foucault, que o aluno não tinha condições de chegar à resposta somente pelo texto. Ele teria de conhecer um pouco sobre o autor", reclama.

Geografia

De acordo com a professora do Objetivo Vera Lúcia da Costa Antunes, a prova de geografia exigia que os alunos tivessem uma boa interpretação de textos. "O aluno teve de fazer análise de textos e gráficos, dos fenômenos e suas conseqüências". Segundo ela a prova abrangeu questões bem diversificadas e bastante atuais.

Biologia

As questões de biologia, de acordo com o professor Constantino Carnelos, do Objetivo, foi de média para difícil. "Muitas questões envolveram ecologia, sendo que algumas falavam de acontecimentos básicos, como poluição, e algumas apresentavam propostas diferentes, com raciocínio lógico, textos mais longos e alguns até um pouco confusos, com desenhos escuros, como uma questão que falava sobre a doença da vaca louca", disse Carnelos.

Segundo ele, a tendência do Enem sempre foi priorizar o raciocínio lógico para que o aluno de escola pública pudesse ter mais condições de competir igualmente com o da escola particular. Mas, para ele, o aluno que teve mais estrutura de conhecimento está se saindo melhor e vai ser difícil dar iguais condições para os dois tipos de aluno.

Química

A prova de química, de acordo com o professor do Objetivo Sérgio Teixeira Bignardi, foi longa em enunciados e trouxeram questões que envolviam o conhecimento de química, não apenas de interpretação. "A prova estava bastante trabalhosa e trazia vários cálculos. Privilegiou o aluno do ensino particular. Mesmo para quem tinha conhecimento do assunto, acredito que tenha consumido mais tempo do que o desejável", diz ele.

Física

Para o professor de física do Objetivo Ricardo Helou Doca, as questões de física foram muito bem elaboradas, sem formulações dúbias, com textos curtos e privilegiaram os conceitos de física. Para ele, o nível da prova foi de fácil para médio. "Os conceitos e os fenômenos foram ligados ao cotidiano e coisas dessa natureza. Os assuntos falaram de celular, ondas de rádio, efeito estufa, fontes de energia não poluentes, entre outras. Foram temáticas bem contemporâneas e politicamente corretas, nas quais o aluno razoavelmente preparado se saiu muito bem", elogia. Para ele o nível da prova foi de médio para fácil.

 

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