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07/10/2011 - 10h47

Em protesto, pró-reitora decide deixar escola federal em SP

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FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

A pró-reitora de ensino do Instituto Federal de São Paulo decidiu deixar o posto por discordar do aumento da carga de aulas aos docentes, medida tomada em maio passado.

A crítica coincide com uma das reivindicações de grevistas da escola --a greve nacional já dura 68 dias. Mantido pela União, o instituto tem 18 mil alunos em cursos técnicos e tecnológicos, do nível médio ao superior. Costuma ser a melhor escola pública de SP no Enem.

Pró-reitora nos últimos dois anos e meio, Lourdes de Fátima Bezerra Carril discorda do reitor e, por isso, pediu demissão há uma semana.

Ela diz que docentes estão sobrecarregados devido à norma de maio, que fixa em 17 o número de horas semanais a serem obrigatoriamente destinadas a aulas (em contratos de 40 horas semanais).

Assim, em geral os professores precisam lecionar 22 aulas por semana. Antes, eles podiam dar 18 aulas. "Precisamos fazer pesquisa, extensão e preparação de aulas. Não dá tempo", afirma.

Ela reclama ainda do acordo que permite que alunos da rede estadual tenham aulas na federal. "Tais questões somam-se a outras, totalmente desprezadas pela reitoria", diz Carril em carta aberta.

Editoria de Arte/Folhapress

A GREVE

A paralisação nacional atinge, parcial ou integralmente, 168 dos 354 campi no país, segundo o sindicato da categoria, o Sinasefe. Além da carga de aulas (reivindicação específica em SP), uma das exigências é de reajuste de 14,67%. O salário inicial do professor é de R$ 2.762 (com dedicação exclusiva).

O Ministério do Planejamento afirma que só negocia quando a greve acabar. O reitor do Instituto Federal de SP, Arnaldo Augusto Ciquielo Borges, diz que as adaptações foram feitas para atender mais alunos --as matrículas cresceram quatro vezes nos últimos seis anos.

Em relação à nova carga horária, ele diz que o volume diminuiu para alguns docentes.

 

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