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27/01/2012 - 13h29

Parlapatões revisitam peça de sucesso; veja galeria de fotos

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MARIA LUÍSA BARSANELLI
DE SÃO PAULO

Eles nasceram como um grupo de rua em 1991. Levavam números circenses às ruas de São Paulo e passavam o chapéu ao final dos espetáculos. Mas foi só em 1998 que ganhou notoriedade nacional o grupo Parlapatões --residente da praça Roosevelt, no centro da cidade, e conhecido por sua linguagem voltada à sátira e ao uso de técnicas circenses e de "clowns".

Confira galeria de fotos da trajetória do Parlapatões

Naquele ano de 1998, apresentaram no Festival de Curitiba a marcante montagem "PPP@WllmShkspr.Br", com texto de Adam Long, Jess Borgeson e Daniel Singer que faz um apanhado de obras clássicas de William Shakespeare.

Luiz Doroneto/Divulgação
O grupo Parlapatões em cena da remontagem "PPP@WllmShkspr.Br", releitura de obras do bardo inglês
O grupo Parlapatões em cena da remontagem "PPP@WllmShkspr.Br", releitura de obras do bardo inglês

Na peça nacional, dirigida por Emilío Di Biasi, os Parlapatões chegaram com a mente limpa. "Quando Emílio trouxe o texto, não tínhamos visto a montagem estrangeira e fizemos do nosso jeito", explica Hugo Possolo, um dos fundadores da companhia.

Agora, dando continuidade às comemorações de 20 anos da trupe (iniciadas no fim do ano passado) e também ao meio século de carreira de Di Biassi, os Parlapatões apresentam, a partir deste sábado (28), uma remontagem da peça em sua sede.

Pouco mudou da versão apresentada há 12 anos. O elenco teve algumas trocas, o cenário e o figurino foram refeitos --já que os originais estavam desgastados-- e algumas piadas foram atualizadas, mas o conceito permaneceu intacto, diz Possolo.

Com tom humorístico, o grupo revisita peças como "Romeu e Julieta" e "Hamlet". Na releitura, histórias com sangrentos embates por reinos, coroas e poder são comparadas a uma disputada partida de futebol. Já versos de Otelo surgem na forma de um rap.

A companhia também está em cartaz com "Ridículos Ainda e Sempre", estreia do ano passado.

Lucas Arantes/Divulgação
Raul Barreto em cena de "Ridículos Ainda e Sempre", que comemora os 20 anos do grupo Parlapatões
Raul Barreto em cena de "Ridículos Ainda e Sempre", que comemora os 20 anos do grupo Parlapatões

Adaptado de um texto do poeta russo surrealista Daniil Kharms (1905-1942), a peça mostra cinco pessoas totalmente ridículas vivendo situações aparentemente desconexas entre si. O que dá sentido a todas é a ideia de descoberta, que vai de encontros amorosos a discussões sobre política, de disputas esportivas ao momento de uma refeição. Porém, cada um dos casos tem algo inusitado que os desprende da realidade.

"É uma dupla comemoração", conta Possolo. "Num a gente desconstrói um clássico. No outro a gente pega uma obra que já é desconstruída e dá nossa visão do que é a desconstrução."

REMONTAGENS

Os Parlapatões gostam de revisitar montagens que realizaram em suas duas décadas de estrada. "O Pior de São Paulo", criação de 2007 (em que andavam pelas ruas da cidade ironizando endereços e marcos da capital) foi retomada em 2010 e há previsão de uma terceira montagem. "Sardanapalo", de 1993, ganhou nova versão em 2001.

O grupo ainda tem planos de resgatar outros dois trabalhos: "Não Escrevi Isto" (1998), peça que requer de 30 a 40 pessoas em cena, e "Zérói" (1995).

Este último, conta Possolo, era um espetáculo de rua que exigia uma grande estrutura e teve uma temporada bastante curta. "Depois da experiência do Circo Roda (parceria entre o Parlapatões e a companhia circense Pia Fraus), a gente vê que ele seria muito mais simples", diz o Parlapatão.

 

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