Loja oferece peças com qualidade a preços razoáveis

No comércio, é raro que bom e barato andem na mesma calçada. Faz parte da lavagem cerebral consumista --e da cultura de ascensão social pelo consumo-- pintá-los como antônimos. Barato vira outro nome para ruim, vulgar, indesejável; caro passa a ser identificado como necessariamente bom. É bom pensar de novo. Qualidade e preço têm lá uma relação, mas que pode variar, e muito, em benefício do consumidor.

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Com 50 anos, a Zelo é um exemplo de comércio que se manteve no rumo da qualidade a preço razoável, mesmo depois de ajustar logo e lojas aos novos tempos, há uns dez anos. Foi aí que comprei um edredom de malha roxo, "king size", na ativa até hoje, por R$ 90. Clássico, o produto ainda custa isso na loja dos Jardins.

	Rogerio Canella/Folhapress
	Toalhas de banho dividem espaço com roupa de cama nas prateleiras da loja Zelo

Além do preço amigo, a marca finca pé nas apostas que a ajudaram a se diferenciar do mundo sempre bege dos enxovais. Continua produzindo peças lisas em cores fortes, uma sacada óbvia que ninguém arriscava. E mantém a parceria com o estilista Alexandre Herchcovitch, que rende padrões acima da média, como os listrados em cores vivas (R$ 159 o jogo de lençóis de casal, "queen size", com quatro peças).

Padrões sóbrios e românticos continuam lá, assim como lençóis com mais fios no currículo. Mas nenhum custa muito mais do que R$ 250. Para chegar a R$ 500, a coisa tem de ser para o resto da vida, como o edredom de pluma de ganso.

No outlet do segundo andar, o barato volta a ser absoluto: há toalha de rosto da Karsten por R$ 11 e edredom de casal de microfibra (liso, floral ou com estampa de bicho) por R$ 54. Para não falar das divertidíssimas mantas de "plush" com manga, que podem ser a solução para ler na cama, no frio, sem congelar os braços --problema com o qual a humanidade luta há muito tempo.

CONCLUSÃO: bom, barato e bacana

Zelo. Av. 9 de Julho, 3.698, Jardim Paulista, zona oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3587-7067.