Guia de compras nos EUA

Nos EUA, apartamento sublocado é opção barata e com espaço para lidar com compras

Várias sacolas na mão e frases curiosas em inglês —como responder "has people!" ("tem gente!") quando se está num banheiro público. É fácil e cada vez mais corriqueiro avistar um brasileiro nos Estados Unidos.

Em 2013, o país enviou 2,1 milhões de turistas para lá, 200 mil a mais que em 2012, segundo o Departamento de Comércio americano. Somos a quinta maior trupe de viajantes, atrás de Canadá, México, Inglaterra e Japão.

A Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagem) calcula que Nova York, Miami e Orlando tenham atraído 900 mil desse total. E os gastos chegam a US$ 10,5 bilhões no período, diz o Departamento de Comércio americano.

A corrida para tirar o visto dá uma ideia do afã: só em fevereiro, o consulado em São Paulo recebeu média de 2.269 solicitações por dia, salto de 25% em relação ao mesmo mês em 2013.

O dólar um pouco mais baixo agora pode estimular mais gente a viajar. Na última quinta, dia da conclusão desta edição, a moeda fechou a R$ 2,191, menor valor em cinco meses.

Se brasileiros já se sentem em casa por lá, a moda é procurar por hospedagens alternativas. "As pessoas foram descobrindo que é muito mais econômico alugar apartamento, sem falar na privacidade", diz o presidente da Abav paulista, Constantino Karacostas.

A administradora Mariana Smith, 38, viajou com três amigas para Miami em novembro. Achou um canto no site Booking, em que donos sublocam um quarto ou o apartamento inteiro.

A diária de US$ 185 foi dividida entre as quatro. A sãopaulo pesquisou quanto sairia a noite num hotel três estrelas em Miami Beach, em novembro deste ano. No mínimo, US$ 225.

"Para quem gosta de mordomia, apartamento pode não ser boa opção", diz Mariana. "Mas para quem quer espaço e cozinha, é uma excelente alternativa. Além de mais barato, é possível economizar nas refeições."

Serviços com o Booking e o Airbnb viraram febre. Mas, em Nova York, por exemplo, sublocar por menos de 30 dias é ilegal se o dono não estiver no apê. Por outro lado, alugar é complicado para quem não deve passar muito tempo lá. Em geral, cobra-se depósito de um ou dois meses, além do "social security number", o CPF americano.

Confira 60 endereços em Nova York, Miami e Orlando.

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MI CASA, SU CASA
Dicas para sublocar um apartamento nos EUA

QUEM FAZ
Serviços que fazem a ponte entre proprietário e inquilino; às vezes há taxa de serviço embutida (o Airbnb, por exemplo, cobra de 6% a 12%)

www.airbnb.com.br
www.booking.com/apartments
www.tripadvisor.com.br

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CUIDADOS

Cafofos viram palacetes nas fotos. Para não comprar gato por lebre, leia os comentários de antigos inquilinos. Eles vão dizer se a descrição faz jus ao lugar

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NÃO É HOTEL

Há louça na cozinha? Roupa de cama? Para sanar dúvidas, escreva antes para seu potencial anfitrião

Lembre-se de que regras como check-out podem ser mais flexíveis, mas não há recepcionistas à disposição 24 horas

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