Enquanto trilhava o caminho de pesquisa e aquisição até se tornar um grande colecionador, Sylvio Perlstein fazia amigos.
O belga-brasileiro, que passou a infância no Rio de Janeiro e hoje se alterna entre Europa, Brasil e Estados Unidos, era habitué dos ateliês de artistas. Aos surrealistas foi apresentado pelo amigo Man Ray. Aos minimalistas, pelo confrade Robert Ryman.
De amigo em amigo, vanguarda em vanguarda, Perlstein compôs um acervo rico e representativo de algumas das mais importantes correntes artísticas do século 20, como o dadaísmo, o neorrealismo e a arte conceitual. Sua paixão pela fotografia torna a coleção ainda mais peculiar, destacando joias como "Distorsion", de André Kertesz, e "Monument eu Premier Gouverneur d'Indochine", de Henri Cartier-Bresson.
Um recorte de 150 dessas obras integra "A Inusitada Coleção de Sylvio Perlstein", em cartaz no Masp até agosto. A mostra expõe —às vezes, pela primeira vez no país— trabalhos de Salvador Dalí, Picasso, Magritte, Andy
Warhol e Roy Lichtenstein, entre outros.
A Inusitada Coleção de Sylvio Perlstein. Av. Paulista, 1.578, 1º andar, Bela Vista, região central, tel. 3251-5644. Ter., qua. e sex. a dom.: 10h às 17h30 (c/ permanência até as 18h). Qui.: 10h às 19h30 (c/ permanência até as 20h). Até 10/8. Livre. Ingr.: R$ 7 e R$ 15. Estac. (R$ 13 e R$ 14 p/ 2 h, na al. Casa Branca, 41 - convênio). Visita monitorada p/ agendamento@masp.art.br.