PMs elogiam humorista que lhes pediu abraço (e ele mira em garis)

John Leitão é "um bravo", diz o capitão Mendez, da PM paulistana. "É um cara de tutano", corrige o policial Carlos Soares. Leitão não faz parte da corporação: John é um humorista de 35 anos que há seis meses fundou um canal na internet onde coloca vídeos de pegadinhas e piadas.

O afeto que os homens da lei nutrem pelo humorista nasceu na semana passada, com um vídeo em que John sai às ruas de São Paulo parando em postos da PM e pedindo... abraços.

A esquete, que filmou policiais de verdade, foi vista desde então por mais de meio milhão de pessoas. Fez o número de seguidores do cômico no YouTube saltarem de 27 mil antes do vídeo para 37 mil.

A série de abraços serviu também como acalanto para policiais que viram o vídeo.

Reprodução/Youtube
John Leitão abraça um PM em vídeo que colocou na internet
John Leitão abraça uma PM em vídeo que colocou na internet

André Matsushita Gonçalves, delegado no Mato Grosso do Sul, compartilhou o vídeo em uma rede social e comentou: "Emociona a quem é policial, só levamos porrada o tempo todo".

O Sétimo Batalhão da Polícia Militar de São Paulo também mandou o vídeo para sua lista de e-mail, parabenizando o humorista pelo feito.

O roteiro não foi doloso (quanto um crime é intencional), garante seu criador. "A ideia nasceu na hora. A gente já tinha feito um vídeo que era o 'Abraçando Estranhos', em que eu saía abrindo o braço pra qualquer um. Queríamos fazer a continuação. Daí, no meio da gravação, abraçamos um policial."

John gostou do que viu (e da acolhida que sentiu) e seguiu em frente abrindo os braços para agentes do poder público.

Andou pela Paulista e pela Oscar Freire coletando amplexos. "Foi tudo bem fácil. Ninguém me negou e em uma hora, mais ou menos, tínhamos feito o vídeo."

Reprodução/Youtube
O humorista abraça um policial, na região da Paulista
O humorista abraça um policial, na região da Paulista

No campo de comentários, vê-se uma maioria de elogios, mas também críticas a Leitão por "glamorizar" a polícia ou coisa do gênero. "Do que li, 0,5% fez aquele tipo de comentário, me chamando de 'fascista'. Mas eu nem olho."

O sucesso motiva a fazer mais vídeos, diz o artista. "Mas não vou só fazer esse tipo de vídeo comovente não, vou continuar com humor."

Perguntado que outra categoria ele receberia com braços abertos, ele diz: "Garis. Quem sabe eu não faça algo para eles?".

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