"Histórias Mestiças", a nova mostra em cartaz no Instituto Tomie Ohtake (zona oeste de São Paulo), é um mergulho na manifestação artística da miscigenação que embasa a formação do povo brasileiro —um conceito traduzido no termo "mestiçagem".
Avaliado como ótimo pelo crítico da Folha Fabio Cypriano, o conjunto é fruto de dois anos de pesquisa de Adriano Pedrosa e Lilia Schwarcz.
Eles dividiram em seis núcleos cerca de 400 obras oriundas de 60 acervos internacionais e nacionais, como o Masp e a Biblioteca Nacional.
A seleção recepciona diversos tempos e escolas, e a diversidade de suportes é ampla: pinturas, esculturas, instalações, mapas e artefatos de povos indígenas e africanos.
Ao acervo de trabalhos já existentes, de artistas como Heitor dos Prazeres (1898-1966) e Benedito Calixto de Jesus (1853-1927) —do óleo sobre tela "Fundação de São Vicente" (1900)—, a curadoria acrescentou obras recentes que incluem itens solicitados a expoentes contemporâneos.
Nesse grupo, destaque para a carioca Adriana Varejão, que contribuiu com autorretratos, e para o paulistano Luiz Zerbini, que apresentou a acrílica sobre tela "Joaninha".
A exposição gratuita fica em cartaz até 5/10 no Instituto Tomie Ohtake de terça a domingo, das 11h às 20h.