Depardieu interpreta ex-diretor do FMI acusado de abuso sexual

Dominique Strauss-Kahn (DSK) é ex-diretor do FMI, preso em 2011 quando tentava embarcar em Nova York, após denúncia de abuso sexual feita por uma camareira de um hotel de luxo onde ele ficou hospedado. A história, cujo desfecho tem um quê de impunidade, é tema do longa "Bem-Vindo a Nova York.

DSK é vivido pelo francês Gérard Depardieu, que, no início do filme, faz uma "mea-culpa" ao ser entrevistado por repórteres fictícios. Ele explica que gosta de interpretar pessoas das quais não gosta e que não se simpatiza com políticos. Depardieu tem problemas com o fisco. Ao receber um passaporte russo e comprar uma casa na Bélgica, aumentaram os rumores de que ele abandonaria a França, país onde o governo quer taxar em 75% as grandes fortunas.

Dirigido por Abel Ferrara, o filme começa com o personagem, aqui chamado de Deveraux, em seu gabinete e depois no hotel. Em ambos os locais há orgias envolvendo prostitutas. Quando é preso, são mostradas cenas cheias de embaraço com ele se despindo e depois se vestindo em frente aos guardas.

Além de sequências de ficção, como o aviso no início deixa claro, há pelo menos duas imagens, inseridas no contexto, que circularam nos noticiários de vários lugares, inclusive no Brasil.

Simone, sua mulher há 20 anos, é interpretada por uma elegante Jacqueline Bisset. Ela possui planos para o marido que incluem a presidência da França. Da sua carteira saem cheques capazes de tirar o marido de maus lençóis.

O final é conhecido: os poderosos saem de fininho enquanto a camareira aceita o acordo -por ter supostamente se envolvido, no passado, com o tráfico de drogas.

"Bem-Vindo a Nova York traz um retrato do que o envolvido qualificou como "comportamento inapropriado".

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