Maestro diz que reger músicas da Disney 'é tão difícil quanto clássicos'

"Todo mundo acha que Disney é brincadeira, mas não é não", diz o maestro Renato Misiuk recuperando o fôlego enquanto dá uma pausa no ensaio no teatro do colégio Santa Cruz.

"As músicas têm um grau de dificuldade grande, especialmente para trompas e violinos. É muito sofisticado, parece clássico. E é tão difícil quanto os clássicos, às vezes. É difícil comparar com Mozart ou Vivaldi, mas ele sabia o que estava fazendo."

O maestro, que tem formação clássica e regeu o som do casamento de Luciana Gimenez e outros famosos, agora encara o repertório dos desenhos animados mais famosos do mundo.

Foi ele quem trouxe para o Brasil o "Disney in Concert", leitura clássica do cancioneiro infantil que vai até domingo (21) no teatro Bradesco, dentro do shopping Bourbon, na Pompeia.

O espetáculo apresenta trechos dos desenhos em um telão enquanto os 66 músicos do palco dão som às músicas de cada um deles.

A orquestra é brasileira, bem como os seis cantores. Os instrumentistas foram escolhidos pelo maestro, mas as vozes tiveram de ser aprovadas pela matriz do mundo mágico do rato Mickey. "Pediram que a gente selecionasse 12 cantores. Fizeram as audições e mandaram as filmagens para Orlando, Flórida, para o diretor da Disney bater o martelo."

As músicas serão cantadas em português, também por determinação da empresa americana. São 13 pot-pourris. "A gente pega 'A Pequena Sereia' e emenda três trechos. 'O Rei Leão' é a mesma coisa."

O bicho pega mesmo, conta o maestro, quando é a vez de Mary Poppins. "É a mais difícil, de longe. É muito rápida, dá trabalho", diz ele, com o fôlego recobrado para terminar de ensaiar os clássicos da cultura pop infantil.

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