Mostra grátis no Sesc reúne vídeos que debatem opressão e preconceito

O Sesc Pompeia (zona oeste de São Paulo) exibe até 30 de novembro a mostra gratuita "Memórias Inapagáveis - Um Olhar Histórico no Acervo Videobrasil".

Trata-se de um recorte da coleção da Associação Cultural Videobrasil, parceira na realização deste evento.

Divulgação
Cena do vídeo "Barrueco", de Ayrson Heráclito e Danillo Barata, parte da mostra "Memórias Inapagáveis", no Sesc Pompeia até 30/11
Cena de "Barrueco", de Ayrson Heráclito e Danillo Barata, parte da mostra "Memórias Inapagáveis"

O acervo foca pesquisas e registros sobre relações históricas e políticas em regiões que integram o "Sul geopolítico", como a América Latina e a Ásia.

Para esta mostra, o curador argentino Agustín Pérez pinçou 18 vídeos, em um total de mais de 3.000, que têm em comum temas como violência de Estado, fronteiras políticas e preconceito.

Há citações a episódios como o descobrimento do Brasil, em "Vera Cruz", de Rosângela Rennó, ou o tráfico de negros africanos, tal qual em "Barrueco", de Ayrson Heráclito e Danillo Barata.

Dos estrangeiros, destacam-se os libaneses Akram Zaatari e Walid Raad, o casal queniano-alemão Mwangi Hutter e a cubano-americana Coco Fusco.

Em "Bare Life Study #1", de 2005, Coco exibe ação encenada em frente à embaixada dos EUA, em São Paulo, na qual um grupo vestindo uniformes laranjas –como os dos prisioneiros de Guantánamo– é obrigado a limpar a rua com escovas de dentes. Impraticável, a tarefa denuncia humilhações e torturas praticadas pelo Exército americano.

A exposição fica em cartaz no galpão do Sesc Pompeia, de terça a sábado, das 9h às 22h, e aos domingos, das 9h às 20h.

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