Governador Alckmin aprova lei que proíbe criação de bichos para pele

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) sancionou o projeto de lei 616, que proíbe a criação e manutenção de animais com o intuito de usar sua pele, no último dia que tinha para aprovar ou vetar o texto, egresso da Assembleia.

O projeto prevê que criadores flagrados pela Polícia Militar paguem 500 Unidade Fiscal do Estado de São Paulo por animal (cerca de R$ 10 mil), além de ter o registro de Inscrição Estadual do criador cassado. A multa dobra em caso de reincidência.

Pedro Azevedo/Folhapress
Chinchila doméstica, que não foi criada para o abate e portanto não será morta
Chinchila doméstica, que não foi criada para o abate e portanto não será morta

Criadores de chinchila, uma das poucas espécies das quais só se aproveita o pelo, e portanto enquadrada no projeto de lei estadual, começaram a abater animais antes de saber se seu ofício se tornaria ilegal.

Uma fazenda de Sorocaba, no interior de SP, afirma ter matado 1.500 fêmeas no dia 8 de outubro. O período de reprodução começou em setembro. Então, há a possibilidade de alguns animais estarem prenhes.

A Associação Brasileira dos Criadores de Chinchila Lanígera, que congrega 600 criadores e um plantel de 50 mil animais em SP, afirmou que já contava com a aprovação: "Acabou para nós", disse à sãopaulo Carlos Peres, o presidente da entidade.

Um grupo de ativistas dos direitos dos animais invadiu um criadouro de chinchilas no dia 19 e levou cerca de cem animais, que eram criados para virar bolsas e casacos.

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