Deborah Secco vive portadora de HIV no drama 'Boa Sorte'

Depois de dar vida a uma polêmica prostituta no arrasa-quarteirão "Bruna Surfistinha" (2011) e fazer uma participação afetiva em "Confissões de Adolescente" (2014), Deborah Secco volta à tela grande no filme "Boa Sorte", em cartaz na cidade desde quinta-feira (27).

A atriz emagreceu 11 kg para interpretar Judite, uma mulher de 30 anos, portadora de HIV, viciada em drogas de qualquer tipo e com pouco tempo de vida. Internada em uma clínica de reabilitação, conhece João (João Pedro Zappa), um jovem depressivo de 17 anos que enche a cara de remédios, e os dois se apaixonam perdidamente.

Dirigida por Carolina Jabor (de "O Mistério do Samba"), que estreia em longas de ficção, a produção brasileira segue o desenrolar do romance e a rotina da dupla no local. Eles passam os dias juntos se dopando e têm na mistura de ansiolítico com refrigerante sua principal fuga. Conforme as cenas avançam, o olhar de Judite vai se tornando cada vez mais triste. E perdido.

Além de ter a companhia de João, ela recebe visitas da avó (Fernanda Montenegro), uma senhora maluquete. Para tentar sair de seu mundo sombrio, a moça desenha —as figuras, na verdade, são ilustrações feitas pela artista Rita Wainer e que entram no filme em forma de animação.

Baseado no conto "Frontal com Fanta", de Jorge Furtado —que assina, ao lado do filho, Pedro, o roteiro—, "Boa Sorte" tem pitadas do norte-americano "A Culpa É das Estrelas", que levou plateias às lágrimas este ano com a história do casal que se conhece em um grupo de apoio a pacientes com câncer, e do nacional "Bicho de Sete Cabeças" (2001), sobre um rapaz (vivido por Rodrigo Santoro) jogado às traças em um manicômio.

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