'Masp em Processo' resgata obras que estavam na reserva técnica do museu

Quem visita o primeiro andar do Masp, na avenida Paulista, percebe logo a diferença entre esse espaço e o andar superior, onde estão as mostras "O Triunfo do Detalhe e Depois, Nada, "Passagens por Paris e "Deuses e Madonas.

É que ali, no lugar de paredes e divisórias, uma sala ampla é tomada por telas —algumas delas ainda no chão, esperando para serem expostas.

Assim funciona a exposição "Masp em Processo", primeira organizada pelo novo diretor artístico da instituição, Adriano Pedrosa. O nome faz jus ao conteúdo: é uma mostra inacabada e que se reconfigura a cada dia.

Cerca de 120 obras podem ser conferidas pelo público, sendo que algumas estavam na reserva técnica e não eram exibidas há anos. Desta forma, "Babalú (figura com máscara preta)" (1967), de Iracy Hirch, e "Christianne e Anabelle (1976), de Liane Chammas, ganham espaço junto de outras obras consagradas do acervo. Entre elas, telas de Tomie Ohtake —a mais recente foi integrada à exposição no dia da morte da artista, em 12/2.

As mudanças se estendem ao ingresso —hoje o mais caro entre os museus da cidade (R$ 25)— e ao espaço. Descendo ao primeiro e ao segundo subsolos, vê-se paredes sendo retiradas e dando lugar a vitrines, como previa o projeto de Lina Bo Bardi (1914-1992). São novas perspectivas para o velho espaço.

Informe-se sobre a exposição

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