A partir deste domingo (12), a Casa de Vidro —que foi residência de Lina Bo Bardi (1914-1992) por quatro décadas— recebe a mostra "Lina em Casa: Percursos". A exposição dá continuidade às comemorações do centenário da arquiteta, que faria cem anos em dezembro de 2014, e reúne desenhos, documentos, cartas, anotações e vídeos pessoais.
A mostra evidencia a contribuição intelectual e política de Lina no país. Para isso, divide-se em cinco períodos: a vida com o marido Pietro na Itália; a chegada ao Brasil; o período em que morou em Salvador e construiu o MAM-BA; a volta à São Paulo, em 1964; e o final da década de 1970, com dois grandes projetos: o Sesc Pompeia e a Igreja do Espírito Santo do Cerrado, em Uberlândia (MG).
Nesses espaços, é possível conferir cartas trocadas com personalidades como o economista Celso Furtado e Lavínia Magalhães, mulher do então governador da Bahia, Juracy Magalhães.
"Tentamos criar uma exposição que mostrasse a formação do pensamento de Lina. A arquitetura dela já foi explorada, e a intenção não era repetir isso", explica o curador da mostra e professor do IAU-USP, Renato Anelli.