Vez ou outra, Jennifer Aniston, 46, resolve deixar de lado a carapuça das mocinhas belas e cômicas que a tornaram famosa, como as personagens Rachel, da série televisiva "Friends" (1994-2004), e Sarah, do longa-metragem "Dizem por Aí..." (2005), para encarar papéis distintos.
Foi assim em 2002 com a frustrada Justine, do filme "Por um Sentido na Vida", e a triste Olivia, de "Amigas com Dinheiro" (2006).
Também é o caso de seu mais recente trabalho, o drama "Cake - Uma Razão para Viver", que estreou na quinta-feira (30).
Na obra, a atriz interpreta Claire, uma mulher sofrida que tem de lidar com uma terrível perda, cicatrizes pelo corpo e uma lancinante dor nas costas que a faz passar seus dias ingerindo remédios acompanhados de taças de vinho. Branco, de preferência.
Solitária, as únicas pessoas que fazem parte de sua rotina e com quem se relaciona razoavelmente bem são uma empregada mexicana (Adriana Barraza), o ex-marido (Chris Messina) e alguns homens que procura apenas para manter relações sexuais.
Depressiva, ela faz fisioterapia e frequenta um grupo —que odeia— de apoio a pessoas com dores crônicas. Lá, fica sabendo de Nina (Anna Kendrick), jovem que comparecia às reuniões e que acabara de cometer suicídio. Claire, então, fica obcecada pela moça e vai atrás de sua família.
É a partir daí que a protagonista encontra razões para continuar viva —o porquê do subtítulo— e que o espectador sabe mais sobre sua história e a de todas as suas marcas.