Moradores de casas e prédios e síndicos de condomínios podem requisitar na prefeitura a visita de um dos 2.500 agentes do controle de zoonoses, para que seja feita vistoria para identificar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. Eles avaliam o local e tiram dúvidas.
É possível fazer a solicitação por meio do telefone 156 ou do Fale Conosco no site da prefeitura.
| Felipe Gabriel/Projetor/Folhapress | ||
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| Eduardo Borklian, síndico de edifício em Perdizes (zona oeste) |
Foi o que fez Eduardo Borklian, síndico do edifício Le Quartier, em Perdizes (zona oeste). A principal preocupação eram as piscinas, uma com raia de 25 m e capacidade para 180 mil litros d'água e outra menor, com cerca de 10 mil litros.
Os agentes da prefeitura fizeram o fumacê (aspersão de inseticidas). "Também colocamos mais cloro e cobrimos as piscinas, climatizadas, com lona térmica", afirma Borklian, que vive no condomínio desde sua construção, há 13 anos.
Ele diz seguir a recomendação enviada pela administradora Lello, que distribuiu 2.000 cartazes com orientações da Secretaria de Estado da Saúde a seus condomínios. "Estamos orientando também para que não deixe água empoçada", diz o síndico. A caixa d'água de seu condomínio é limpa a cada seis meses.
Em nota, a Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde) afirma que os síndicos de condomínios ou moradores de casas que possuem piscinas devem receber os agentes de controle de zoonoses. "Quando devidamente cloradas ou cobertas, as piscinas não são criadouros do mosquito da dengue."
A associação de fabricantes de piscinas contabiliza 2 milhões de unidades no país —não há dados específicos para São Paulo.
Segundo José Eduardo Reis de Oliveira, diretor da empresa de piscinas Nautilus, a filtração é um processo fundamental para o cuidado da água. "Um elemento que ajuda no processo é a Zeólita, que tem capacidade de retenção de sujeira maior que a areia." Água tratada, bem filtrada e sem resíduos não é propícia para o mosquito.
De acordo com a Covisa, não há como associar os casos da doença a criadouros específicos.
O Secovi-SP (Sindicato da Habitação) informa que é importante também verificar os imóveis desocupados. Nesse caso, o registro de água deve ser desligado e os vasos sanitários sem uso, fechados.
A cidade de São Paulo já registra oito mortes em decorrência da doença e 38.927 casos confirmados.