Erimar Bérgamo, diretor de prospecção e estratégia de desenvolvimento da Leroy Merlin. Fundada em 1923 pelos empresários Adolphe Leroy e Rose Merlin, a rede de construção, decoração e jardinagem Leroy Merlin chegou ao Brasil em 1998. Na zona sul de São Paulo, onde ainda há outra loja da rede, 33% preferem a empresa, ante (26%) em toda a cidade. Na zona oeste, a predileção atinge o pico de 35%.
A loja foi lembrada por muitos moradores da zona sul. As pessoas se recordam mais porque tem mais lojas ou tem mais lojas justamente porque tem mais clientes?
O investimento para se abrir uma loja da Leroy não é barato. No estudo do mercado, ela prioriza a região onde tem o maior número de habitantes e, dentro desse número, quanto da renda ele está disposto a gastar com material de construção, jardinagem e decoração. Às vezes, você tem em São Paulo uma área populosa cuja renda pode ser boa, mas eles não querem gastar em material de construção.
O que é o novo conceito da loja?
Todo mundo pesquisa pela internet e depois vai para as lojas. A gente começou a trazer a experimentação e você pode testar a torneira que quer comprar pra casa. Temos mais de 17 tipos de experimentação de produtos. Outra novidade é o Leroy Merlin instala. São 40 tipos de produtos, como lustre, pendente, ventilador de teto, paredes de "dry wall"; você paga uma taxa e o nosso funcionário vai instalar.
Estão previstas novas lojas?
Sim, uma no Jaguaré e outras duas na Grande São Paulo, em São Bernardo e Tamboré (Barueri). Ainda não temos data, mas será neste ano.
Como comparar o consumidor paulistano com o francês?
Os consumidores são muito diferentes e as necessidades para as casas são outras. Vou dar um exemplo: o que a gente faz com o consumidor brasileiro hoje, que está faltando água e está comprando mais caixa água? É uma situação local. Como a mão de obra na Europa é um absurdo, as pessoas, ao invés de pagar para essa mão de obra, acabam fazendo elas mesmas. A gente já percebe isso chegando em São Paulo.