Doenças de inverno também afetam cães e gatos; saiba como preveni-las

Assim que as temperaturas começaram a cair, Toddy, 14, passou a andar pela casa de sua dona "tossindo como um humano". O poodle da economista aposentada Célia Menezes, 81, foi internado devido a uma falta de ar que evoluiu para pneumonia.

"Toddy ficou três dias no hospital, fazendo inalação e tomando soro. Três dos remédios prescritos para ele são de gente mesmo", afirma a dona, que acabou desembolsando R$ 4.000 para cuidar de seu pet.

Como qualquer paulistano, os animais também sofrem com as mudanças climáticas que se iniciam em junho. O frio e o tempo seco os deixam mais suscetíveis a problemas respiratórios que, se não tratados, podem evoluir para quadros mais graves.

Na casa da professora Thaís Bárbara Navarro, 32, todo inverno é um "sufoco". Seus quatro gatos, Marina, Kith, Iris e Alex, sofrem com a rinotraqueíte, doença viral comum entre os felinos nesta época do ano.

"Se chegar perto da Kith, dá até para ouvir o barulho do nariz entupido", diz a professora. Semelhante a uma gripe, a rinotraqueíte afeta o trato superior dos gatos e provoca secreções no nariz e até nos olhos.

"O felino usa muito mais o faro para alimentação do que o cão. Se há um problema nasal que prejudica a verificação do alimento, ele para de comer", diz o veterinário Jaime Dias, da Merial Saúde Animal.

Por isso, Thaís tem de dissolver a ração de Kith e oferecê-la numa seringa, duas vezes ao dia. A inalação, recomendada nesses casos, ajuda na melhora da respiração.

A prevenção é a melhor forma de evitar tais problemas típicos do inverno. Manter o animal hidratado, bem alimentado e com as vacinas em dia são cuidados fundamentais para driblar futuras enfermidades.

O uso de cobertores, roupinhas e casinhas cobertas também ajuda na prevenção de doenças como a tosse canina, que afeta principalmente raças como pug, shih tzu e buldogue francês, todas de focinho curto.

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