Grupo organiza oficina de grafite em escadaria de Pinheiros

Neste domingo (2), quem passar pela escadaria da rua Alves Guimarães, em Pinheiros, verá uma paisagem atípica.

A partir das 8h30, o projeto 'Olhe o Degrau' promove uma oficina de grafite com a artista paulista Mari Pavanelli. A intenção é ocupar os degraus com cor, arte e gente para fazer deles mais que simples vias corriqueiras de passagem.

"Quando fiquei por um dia observando o fluxo de pessoas que passavam por essa escadaria, vi que muitas delas não percebem o potencial que ela pode ter como um espaço de lazer e convivência", diz Pavanelli.

Durante a oficina, ela orientará a pintura coletiva dos degraus -que terá o tema 'água' como inspiração.

Divulgação
Festa da primavera realizada pelo projeto 'Olhe o Degrau' na escadaria da Alves Guimarães
Festa da primavera realizada pelo projeto 'Olhe o Degrau' na escadaria da Alves Guimarães

É a terceira vez que o local recebe uma intervenção desse tipo. Já foram realizadas ali uma oficina de pintura e de mobiliário, e também uma festa para dar as boas vindas para a primavera.

As ações são parte do trabalho da organização Cidade Ativa, criada no fim de 2013 para pesquisar as relações entre saúde e os centros urbanos, além de elaborar projetos que incentivem os moradores a participar da transformação dos espaços.

"Trazer as escadarias de volta para a vida das pessoas significa mais saúde e qualidade de vida. Se você deixa seu carro em casa para ir a pé até a padaria, está se movimentando, sendo mais saudável e incentivando as pessoas a fazerem o mesmo", afirma Rafaella Basile, coordenadora de projetos do grupo.

O 'Olhe o Degrau' é uma das ações da organização. Vencedor do concurso internacional Urban Urge, ele funciona como uma plataforma colaborativa de mapeamento das escadarias da cidade, feito em parceria com o site Cidadera.

"O que chamou a atenção quando iniciamos o 'Olhe o Degrau' foi o fato de a prefeitura não ter um mapeamento das escadas de SP. Muitas vezes elas são confundidas com ruas e ninguém sabe onde elas estão", diz Basille. "Isso fez a gente perceber que elas são quase como não-lugares. E se elas não existem no mapa, também não existem para as pessoas."

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