Para o casal de arquitetos Alvaro Puntoni, 50, e Fernanda Neiva, 37, uma das maiores dificuldades ao desenhar a casa para onde acabaram de se mudar foi entender o que, exatamente, eles mesmos queriam.
"Estamos tão acostumados a pensar na casa dos outros que às vezes é estranho pensar na nossa", afirma Fernanda. "A gente teve de ficar o tempo todo se repensando e se autoanalisando."
O resultado, ainda sem jardins e com pilhas de entulho da obra ao lado da garagem, é uma casa simples, ampla e funcional. Lavanderia e garagem no térreo, dois quartos para os filhos e um lavabo num primeiro piso. No segundo, sala e cozinha integradas.
Ali, grandes janelas de vidro dão para um deque, permitindo que o ambiente converse com a rua. "Você pode imaginar sua casa como uma fortaleza, ou como uma casa aberta, que procure se relacionar com a cidade", diz Alvaro.
A abundância de janelas traz luminosidade e compensa o cinza das paredes de bloco aparente.
A ausência de revestimento, com instalações elétricas correndo por fora, permitiu economia de recursos e tempo de obra. No último piso está a suíte do casal, que, a exemplo da sala, abre-se para um terraço com vista para o bairro arborizado do Sumarezinho.
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