Casa&Decoração

Casal de arquitetos conta sobre o desafio de projetar em terreno difícil

"Vou mostrar para vocês um terreno pelo qual ninguém se interessa", disse a corretora de imóveis. O casal de arquitetos Anderson Freitas, 45, e Juliana de Araújo Antunes, 38, se animou na hora. "Em todas as experiências que eu tive, as armadilhas, com um terreno que não é ideal, acabaram virando soluções positivas", conta Anderson.

E, com um leve declive em relação à rua, medindo 24 metros de profundidade e apenas seis de largura, o terreno em questão, no bairro do Sumarezinho (oeste), realmente não era ideal.

"Era muito pequeno mesmo, mas a gente viu potencial para construir uma casa para a família", afirma Juliana. Nos primeiros meses da construção, ela ficou grávida do primeiro filho. A obra ganhou urgência e as soluções começaram a brotar, num projeto à quatro mãos, que misturou os desejos de cada um.

"Para o cliente, a gente sempre faz o que gostaria de fazer pra gente e depois vai aceitando as mudanças. Quando a casa é nossa, a gente faz do nosso jeito, com algumas concessões, porque afinal somos um casal", diz Juliana.

Terminadas as discussões e concessões, os espaços foram ocupados ao máximo e a casa Juranda (mesmo nome da rua) se estende de lado a lado do terreno, medindo 145 metros quadrados. Há poucas paredes e os espaços da área social se interligam, ganhando dimensões ampliadas enquanto os dormitórios acabaram reduzidos.

"Nossa casa é uma grande área de convívio, afinal, os quartos são para dormir", diz Anderson, que se inspirou na arquitetura japonesa para desenhar os pequenos dormitórios. O lavabo também foi dispensado. Há apenas dois banheiros na casa, sendo um na suíte e outro para uso comum, no segundo pavimento.

A utilização abundante de vidro, tanto na parede dos fundos quanto na da frente, confere luminosidade e... Está feita a magia: uma casa estreita com jeitão de casa grande.

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