'Quero criar uma ruptura com tudo o que já foi feito por mim', diz Gal Costa

Em seu novo álbum, "Estratosférica", que mostra pela primeira vez em São Paulo nesta semana, a cantora Gal Costa conseguiu transcender o tempo.

Se por um lado demonstra o talento e experiência de quem já entoa belas canções há 50 anos, por outro, renovou o repertório com peças joviais, seguindo os passos de "Recanto" (2011).

O novo trabalho conta com 15 inéditas compostas por músicos de diferentes gerações. Assim, Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Caetano Veloso dividem espaço com Marcelo Camelo, Céu e Mallu Magalhães, responsável por "Quando Você Olha pra Ela".

Tom Brasil. R. Bragança Paulista, 1.281, Santo Amaro, região sul, tel. 4003-1212. 1.800 lugares. Sáb. (21): 22h. 90 min. 14 anos. Ingr.: R$ 120 a R$ 250 (estudantes: R$ 60 a R$ 125). CC: D, M e V. Valet (R$ 40). Ingr. p/ ingressorapido.com.br.

Confira abaixo a entrevista com a cantora.

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sãopaulo: Como têm sido os shows de "Estratosférica" e o que podemos esperar da apresentação em São Paulo?
Gal Costa: Tem sido maravilhoso. A primeira apresentação foi em Salvador no dia seguinte ao meu aniversário. Foi muito emocionante. O show está lindo, bem no clima do disco. Tenho cantado o repertório do disco e algumas músicas que nunca cantei ou gravei.

Você já soma 50 anos de carreira. Vai ficando mais difícil recomeçar e lançar novos discos?
Não. Minha carreira é feita de rupturas, de mudanças, de renovação. E "Estratosférica" é mais um desses momentos. Eu gosto de ousar, de criar novos rumos e de dar saltos dentro da minha carreira.

Como lida com a expectativa do público por você ser uma das maiores referências nacionais? Existe a cobrança de sempre acertar?
Acho que a cobrança é mais minha do que de qualquer outra pessoa.

Você já foi fio condutor de um documentário sobre o tropicalismo e agora protagonizará mais um, desta vez, sobre você mesma. Será algo mais pessoal?
As gravações começaram em Salvador e estou muito feliz com o projeto, mas ainda não vi nada pronto.

O que você imagina que ainda há por fazer?
Muita coisa. Como eu disse, em cada trabalho que lanço quero ousar, quero criar uma ruptura com tudo o que já foi feito por mim. E pra quem gosta de renovação, já é sempre algo novo por fazer.

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