Abaixo do céu que combina tons de rosa e laranja no início da tarde, a areia branca fofa e a água verde-esmeralda do mar —a 23º C— compõem o cenário cinematográfico de Kaena Beach Park, no Havaí, citado por 9% dos paulistanos como a praia dos sonhos no exterior.
Em Oahu, a principal ilha do Havaí, essa ponta de praia não tem comércio tampouco muita infraestrutura, à exceção de um complexo com banheiros e chuveiros e um parque estadual, o Kaena Point.
Na sua larga faixa de areia quase não há pessoas, além dos salva-vidas, alguns surfistas e um ou outro casal mais desencanado.
A oeste de Honolulu, parada obrigatória para chegar ao arquipélago, Kaena parece esquecida dos roteiros de viagem. Bom para quem gosta de calmaria e topa desviar da rota mais óbvia, que inclui pontos turísticos como Hanauma Bay e Diamond Head, e não por isso menos merecedora de visita.
Apesar de algumas pessoas dizerem que Oahu é a ilha mais sem graça do Havaí, esta porção da terrinha do presidente Barack Obama tem miniparaísos para qualquer perfil. E a melhor forma de conhecer cada um deles é caindo na estrada. De preferência num conversível branco, porque o calor não dá trégua —e, enfim, é um luxo.
Se você quer badalação, o destino é Waikiki, a praia mais famosa da ilha. Nessa Copacabana de águas límpidas, há casais em lua de mel e famílias, mas também jovens atrás de uma bagunça que dure até as 2h. Lá, restaurantes não perdem em termos de estilo e qualidade para os de grandes centros urbanos. Praias são "fechadas" por hotéis, embora sempre exista entradas escondidas para banhistas. Há bares e baladas. E prédio atrás de prédio. Hotel atrás de hotel. Shopping atrás de shopping —aliás, se essa for sua praia, aproveite, porque a taxa é uma das mais baixas dos Estados Unidos.
Para uma vibe mais mansa, é indicado seguir para o leste ou em direção ao norte da ilha, onde ainda há praias cheias, porém tranquilas, perto de centrinhos comerciais. Um exemplo é Kailua Beach Park, onde se pratica stand up paddle e outros esportes semelhantes. Em setembro, quando a água é quase um tapete, qualquer principiante pode se arriscar sem medo. "Exercício completo para braços, pernas, abdome e bumbum", alardeiam os vendedores em lojas de aluguel de prancha.
Em North Shore, finalmente o imaginário do surfe. Na vizinhança do cantor Jack Johnson, parece que a trilha sonora é a base de vento e ukelele e o o dress code composto de camisa florida ou bermuda de tactel. O mar é bravo e não muito convidativo para um mergulho. Mas não faltam opções em terra para os turistas, que são muitos. Em Turtle Beach, tartarugas estacionam à beira-mar e podem até passar por pedras para um desavisado. Já em Sunset Beach, a estrela é o sol, que com sorte, se põe na água.
Ondas gigantes, no entanto, só no inverno. O que não impede, fora da estação, de os surfistas se aventurarem no raso ou atrás de pedras.
Em Pipeline, onde são realizadas as principais competições, como o Pipeline Masters, mesmo na baixa temporada há uma placa que alerta: "Aviso, não nadar.
Em caso de dúvida, não entre". Aí, é melhor sentar e observar ou ficar com o açaí ou o pastel do Crispy Grindz, food truck de um brasileiro, na entrada da praia —e matar a saudade de casa.
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