'Os Oito Odiados', novo filme de Quentin Tarantino, não tem heróis

Os filmes de Quentin Tarantino são violentos. Mas, em cada um deles, o protagonista usa a violência por uma causa que julga ser nobre. Não é o caso de "Os Oito Odiados", composto de oito personagens completamente detestáveis.

Tarantino conta a história do major Warren (Samuel L. Jackson), que pega carona em uma carruagem. No veículo, estão o caçador de recompensas John Ruth (Kurt Russell) e sua prisioneira, a criminosa Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh).

Surpreendido por uma nevasca, o trio é obrigado a se abrigar em uma hospedaria. Lá, estão outros cinco personagens. Todos precisarão conviver, confinados naquele espaço, até que a tempestade passe. O problema é que um deles é assassinado.

"Os Oito Odiados" tem muitas semelhanças com "Django Livre" (2012): é um bangue-bangue situado na Guerra Civil Americana. Em passagem por São Paulo, em novembro, Tarantino afirmou que gosta de repetir os temas.

"Eu queria um filme sobre samurais, então criei o primeiro 'Kill Bill', apesar de não saber o que estava fazendo. Depois fiz o segundo, porque já sabia fazer. Foi a mesma coisa com 'Django Livre' e 'Os Oito Odiados'", disse.

O longa tem os traços principais do diretor —sangue e diálogos longos— e não deve decepcionar os fãs. Mas certamente é seu filme menos inspirado, ainda mais se comparado aos ótimos "Django" e "Bastardos Inglórios" (2009).

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