Indicada ao Oscar, animação 'Anomalisa' explora a mente humana

"Anomalisa", estreia desta semana, não é uma animação comum —e talvez essa seja uma das razões para a indicação ao Oscar.

É um filme só para adultos (possui cenas de sexo, por exemplo) e explora bastante o psicológico de seus personagens. Esse último aspecto não é uma surpresa tão grande: o roteiro é de Charlie Kaufman, que também escreveu os marcantes e sensíveis "Adaptação" (2002) e "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" (2004).

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Na trama, o escritor britânico Michael Stone (dublado por David Thewlis) vai aos Estados Unidos para dar uma palestra. No caminho do aeroporto para o hotel, já é possível notar que todas as pessoas com quem ele conversa —-homens, mulheres, crianças— têm a mesma voz (a de Tom Noonan).

Por meio de uma carta de uma ex-namorada e de telefonemas para a mulher e o filho, Stone deixa claro que é um homem infeliz.

Isso muda quando ele escuta a voz de uma moça no corredor do hotel. E fica surpreso: a voz, quem diria, é diferente de todas as outras. Trata-se de Lisa (Jennifer Jason Leigh), uma moça que não tem muitos atributos físicos, mas que, para Stone, destaca-se na multidão que ele vê como homogênea.

Nada em "Anomalisa" é explicado de maneira didática. A ideia dos diretores Kaufman e Duke Johnson é que o próprio espectador interprete o complexo Michael Stone.

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