Nas primeiras cenas de "Trumbo - Lista Negra", talvez você se lembre de Walter White, da série "Breaking Bad", personagem do protagonista Bryan Cranston. Mas bastarão cinco minutos para que o traficante de drogas dê lugar definitivamente a Dalton Trumbo (1905-1976).
Cranston, indicado ao Oscar de melhor ator, vive o roteirista do título, que, na década de 1940, era comunista —e, por isso, considerado traidor pelo governo americano, já em embate com a União Soviética.
Junto de outros nove colegas de Hollywood, como Arlen Hird (Louis C.K.), Trumbo acaba preso.
O problema, porém, não termina quando ele é liberado. O homem continua a ser perseguido pelo governo e tem dificuldades em arranjar trabalho no cinema. A solução é assinar textos usando diferentes pseudônimos. Para manter o disfarce, ele conta com a ajuda da mulher, Cleo (Diane Lane), e dos três filhos.
Dirigido por Jay Roach, o longa lembra obras célebres da carreira de Trumbo, como "A Princesa e o Plebeu" (1953) e "Spartacus" (1960), estrelado por Kirk Douglas.
É raro os roteiristas serem lembrados assim —eles são frequentemente ofuscados por diretores e por atores. E em tempo: o roteiro de "Trumbo - Lista Negra" é de John McNamara, com base no livro "Dalton Trumbo", de Bruce Cook.
O elenco ainda conta com Helen Mirren, John Goodman e Elle Fanning.