'Centro financeiro da cidade agora é ponto de encontro', diz Haddad

A ideia de tornar a Paulista uma área de lazer partiu da premissa de que São Paulo não tinha "esplanadas e praças de encontro como as que há na Europa", diz o prefeito da cidade, Fernando Haddad (PT).

"Se o turista chegasse em São Paulo e quisesse aproveitar o domingo para andar, flanar, ia onde? Não tinha isso. Hoje, são 19 ruas abertas na cidade", diz.

Avener Prado/Folhapress
Haddad pedala na inauguração da ciclovia na Paulista
Haddad pedala na inauguração da ciclovia na Paulista

A abertura nos próximos anos de locais como o Instituto Moreira Salles e uma nova unidade do Sesc irão reforçar, afirma, o viés cultural e de uso misto da avenida. "O centro financeiro da cidade agora tem conceito de ponto de encontro." A prefeitura diz que nota um aumento progressivo de visitantes à Paulista, mas não realizou medições para atestar oficialmente essa percepção.

Quanto às queixas dos moradores sobre o acesso à avenida, o prefeito diz que o fechamento da Paulista "não é um projeto que nasce pronto". "Nossa primeira preocupação foi com hospitais e clubes sociais, e não temos notícia de que tem havido problemas. O retorno é o melhor possível."

Avaliação do prefeito -

Ele diz que as solicitações levadas à CET são analisadas e respondidas. Tampouco houve impacto significativo no trânsito, diz. Haddad não quer polemizar com os comerciantes que associam o fechamento da via à redução na frequência. "Não vou contestar ninguém", diz. O prefeito reconhece que o número de artistas e artesãos na Paulista tem ultrapassado os 50 estabelecidos em decreto municipal, mas não tem uma proposta clara: "Não queremos reinstalar a cultura repressiva, mas precisamos recalibrar alguns pontos. Vou cobrar que os artistas nos ajudem sem auxílio de força, que é desnecessária."

Publicidade
Publicidade