Iago Oliveira, 23, balança a perna freneticamente enquanto confere as telas do Poupatempo na Luz, região central. São 18h30, e ele quer trocar de domicílio eleitoral.
"Seria interessante se houvesse um código de barras que você passasse em um leitor ao chegar no Poupatempo", idealiza Iago, que é analista de sistemas. "A partir daí, você seria orientado por máquinas para o que precisa fazer."
Sentado a poucos metros dele está o fotógrafo Aparecido Tadeu, 60. Naquela noite do fim de abril, ele buscava o mesmo serviço que Iago, mas já foi ao posto em outras ocasiões.
Na última visita, aproveitou para fazer o cadastramento biométrico. "Estava curioso para ver a nova tecnologia", conta Aparecido, que ainda vai ao Poupatempo para agendar serviços, em vez de usar a internet ou o aplicativo para celular.
Atender a expectativas tão diversas é o desafio do programa que, apesar da queda de sete pontos percentuais em relação a 2015, segue como o melhor serviço público de São Paulo, com 13% da preferência dos paulistanos das classes A e B, segundo o Datafolha.
Para o superintendente de Novos Projetos, Ilídio Machado, a praticidade de resolver vários problemas no mesmo lugar é uma das chaves do sucesso.
"É um espaço que dá conta da demanda e tem ordem de chegada, sem privilégios", afirma.
O sistema imaginado por Iago ainda não está no horizonte do órgão, mas pontos de autoatendimento que passavam por testes devem ser inaugurados até o final deste ano. Para segunda via de RG, por exemplo, se o cidadão já tiver cadastro de foto e de impressões digitais, será possível fazer o pedido e pagar sem passar por um atendente.
O próximo objetivo é levar esses pontos para fora do Poupatempo. Será o início de uma nova era.
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Para saber +
- Unidades: 70 postos em todo o Estado de São Paulo
- Na cidade, são seis pontos (o primeiro abriu em 1997, na Sé)
- 41 mil atendimentos por dia
- poupatempo.sp.gov.br
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Ilídio Machado, superintendente de Novos Projetos do Poupatempo
O Poupatempo completará 20 anos em 2017. O que mudou nesse período e quais novidades estão por vir?
O agendamento, que começou em 2010, teve impacto muito grande. Antes, podia-se esperar por quatro horas. Hoje, a pessoa sabe exatamente quando será atendida. Para o meio deste ano, prevemos instalar os totens de autoatendimento para agendamento de serviços, impressão de guias de pagamento e solicitação de segunda via de RG. A intenção é evoluí-los para que possam ficar também fora das unidades.