Feira Plana terá casa para incentivar edição independente

O sonho do livro próprio não é novo. Mas o impulso que as editoras e publicações independentes receberam nos últimos anos —em diversas partes do mundo, diga-se— tornou o fetiche de assinar um volume um tanto mais factível. Em São Paulo, uma das responsáveis por isso é Bia Bittencourt, idealizadora e curadora da Feira Plana.

O evento, que vai para a 5ª edição em 2017, reúne dezenas expositores que encontraram ali um espaço para vender suas produções —entre livros, zines e pôsteres— independentes. Cresceu tanto que no próximo ano se muda para a Bienal do Ibirapuera em busca de mais espaço (antes, acontecia no MIS).

Isadora Brant/Folhapress
Bia Bittencourt e o prédio Farol, na rua Capitão Salomão, centro de São Paulo
Bia Bittencourt e o prédio Farol, na rua Capitão Salomão, centro de São Paulo

O sucesso do projeto também fez com que a Plana se tornasse uma marca. Entre as iniciativas, realizou uma residência artística em 2015 —o edital da segunda edição sai em agosto— e criou uma biblioteca, com acervo de cerca de 2.000 publicações.

Agora, todas as criações de Bia terão uma casa, naturalmente chamada de Casa Plana. Para arcar com as primeiras despesas, abriu uma campanha de financiamento coletivo no Catarse, que até o fechamento da sãopaulo havia arrecadado 72% da meta de R$ 60 mil.

Além de abrigar o QG, a residência e a biblioteca da Plana, a casa, no prédio Farol, na região central, vai realizar cursos para quem quer se envolver na produção independente, ou está em busca de publicar um livro para chamar de seu. Quem quiser contribuir, já pode garantir vaga em um deles —a casa abre no dia 10 de julho.

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