Novo espetáculo de dança 'Ziggy' mergulha nas canções de David Bowie

A obra do astro inglês David Bowie, que morreu de câncer em janeiro deste ano, aos 69 anos, ganhou contornos de dança no espetáculo "Ziggy", que estreia
no Teatro J. Safra na sexta-feira (24). O responsável pela coreografia é o cuiabano Mário Nascimento, que vive em Belo Horizonte há 14 anos e foi convidado pela Cisne Negro Cia. de Dança para dar forma ao trabalho.

"Achei curiosa a ousadia da Hulda Bittencourt [diretora artística do grupo] em fazer algo neste sentido", diz o bailarino, referindo-se ao caráter subversivo do trabalho de Bowie. Ele conta que os movimentos foram criados com base nas músicas do artista, método não usual em sua carreira —ele costuma desenvolver suas ideias no silêncio, e, aos poucos, pensar nas canções. "Mas dessa vez tinha que ser assim, não dava pra fugir."

Reginaldo Azevedo/Divulgação
Cena do espetáculo "Ziggy", coreografado por Mário Nascimento e que tem David Bowie como tema
Cena de "Ziggy", coreografado por Mário Nascimento e que tem David Bowie como tema

Nascimento explica que o espetáculo não é uma narrativa sobre a vida do cantor, mas um mergulho em seu mundo e nas sensações que as músicas transmitem. No repertório, além dos hits "Heroes" e "Ziggy Stardust", há canções do último CD, "Blackstar".

Durante 40 minutos, nove bailarinos vão mostrar em cena como Bowie influenciou o mundo com seu movimento psicodélico. "Eu pedi muito para eles: 'Sejam rebeldes!'. É um trabalho extremamente andrógino. Eu não coloco em cena homens e mulheres, mas pessoas andróginas."

Nas três apresentações do próximo fim de semana, o público poderá ver, antes de "Ziggy", a coreografia "Sra. Margareth", adaptada por Barak Marshall, que conta a história de um grupo de funcionários preso no porão da casa de uma patroa abusiva.

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