'Janis - Little Girl Blue' explora vida e mágoas de Janis Joplin

O documentário "Janis - Little Girl Blue", estreia desta semana, revê a trajetória da icônica Janis Joplin (1943-1970), artista consagrada no rock e no blues.

O filme chega pouco tempo depois de "Amy", sobre Amy Winehouse e vencedor do Oscar. É curioso: as cantoras são constantemente comparadas pelo flerte com a música negra, pelas vozes poderosas, pelas personalidades fortes e pela vida desregrada que levaram. Ambas morreram aos 27 anos, vítimas de overdose.

Se "Amy" se volta à conturbada relação da cantora com o pai, "Janis" explora a difícil infância e adolescência da artista, que morava no Texas. O título já diz: "Pequena Garota Triste".

Foi difícil para ela crescer em uma sociedade que exigia um comportamento padrão das meninas. Joplin sabia que não tinha a aparência das modelos das revistas. Apesar disso, lutou para ser quem queria, usava roupas nada convencionais. Tinha a fachada forte, mas guardou a mágoa do bullying e da ausência de um convite para o baile de formatura.

A diretora e roteirista Amy Berg traça a vida e a obra de Joplin por meio de imagens de arquivo e de depoimentos de amigas e amantes, ex-namorados, familiares e colegas. Cartas escritas pela artista revelam seus sentimentos -são narradas pela cantora Cat Power.

O filme lembra momentos marcantes, como a formação da banda Big Brother and the Holding Company, a viagem pelo Brasil e o vai e vem com as drogas.

O amigo Sam Andrew, que acompanhou Joplin por toda a carreira, chegou a conversar com ela sobre o vício em heroína, alertando que outros amigos haviam morrido. "Isso não vai acontecer comigo", ela disse.

Veja salas e horários

Publicidade
Publicidade