"Meu nome não é por causa da princesa, não, mas, desde que o assumi [há 10 anos], só coisas boas aconteceram. No fim, também gerou um sentido que deu certo para a divulgação", ri do
outro lado do telefone a compositora e MC Lei di Dai, 39.
Na quinta (28), no Sesc Belenzinho, ela faz show de "#QUEMTEMFÉTÁVIVO", disco lançado no começo deste ano.
"A minha música é bem eclética. De crianças à idosos, todos dançam", diz. Além do aspecto dançante, a MC acha importante posicionar-se politicamente. "A canção é o meu poder maior."
| André Bueno/divulgação | ||
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| A MC Lei di Dai celebra 10 anos de carreira solo |
Com sonoridade marcada pelo dancehall -estilo musical popular jamaicano surgido nos anos 1970-, ela também tem influências de dub, reggae, soul, jazz, hip-hop, música eletrônica e R&B.
Dai diz que o "sound system", em que qualquer pessoa pode acompanhar uma batida musical enquanto versa sobre temas variados (que se originou na Jamaica dos anos 1950), libertou muita gente, inclusive ela. "Era muito caro ter uma banda. Assim [usando o sistema de sons], basta um grupo gravar em estúdio que os outros artistas podem cantar. Gerou uma forma democrática de fazer música."
A liberdade do canto ela transportou para a gravação, quando, em 2008, criou o selo Rainha de Lata. "Percebi que as gravadoras iam me limitar a fazer o que eu não queria", afirma a MC, que também tem o projeto Gueto pro Gueto, que leva música, grafite e oficinas de dança às periferias de SP.
"Estamos chamando a atenção. Em São Paulo, pelo menos, estamos conseguindo falar mais alto."
No show, ela conta com participação dos rappers Kamau, Max B.O e Lurdez da Luz, e lança o disco em pen-drive.
Sesc Belenzinho. R. Pe. Adelino, 1.000, Quarta Parada, tel. 2076-9700. Qui. (28): 21h30. 90 min. 18 anos. Ingr.: R$ 6 a R$ 20. Estac. (R$ 4,50 e R$ 10 a 1ª h; shows e espetáculos: R$ 5,50 e R$ 11). Ingr. p/ sescsp.org.br.