Uma inquieta libanesa que cresceu em Israel (e nunca entendeu por que judeus e palestinos não convivem em paz) diz que a mesa é lugar para esquecer diferenças. Para Sheila Mann, que vive há 43 anos no Brasil, as receitas, que serviram para mantê-la próxima da cozinha de sua mãe, de suas raízes, se tornaram também ferramenta para um trabalho social.
Aqui organiza, há dois anos e meio, almoços mensais em que muçulmanas e judias cozinham juntas. Paralelamente, ao lado do genro Marcos Shayo, abriu semanas atrás uma fábrica de homus, a pasta de grão-de-bico comum a diferentes povos do Oriente Médio. Lá, mulheres de várias religiões —delas refugiadas recém-chegadas da Síria— tocam a produção.
As pastas Com.POT (sigla de Peace On the Table) têm cinco versões. Na tradicional, percebe-se o toque de limão, a de beterraba e alho é levemente adocicada e a de pimentão tem um sabor suave do vegetal assado. Os potes estão à venda na Casa Santa Luzia, por R$ 16,20 (200 g).
Casa Santa Luzia
Onde Al. Lorena, 1.471, Jardim Paulista, tel. (11) 3897-5000