Opinião: Para ser melhor, serviço de bordo de aviões deveria desaparecer

Ilustração Cratera Estúdio
"viaja sp 2016"

Há uma maneira simples de melhorar o serviço de bordo num futuro próximo -a ponto de transformá-lo em algo muito próximo a perfeição: desaparecer com ele!

O grande jornalista Paulo Francis me contou que o melhor serviço de restaurante que ele já havia experimentado era do Maxim's de Paris e por uma razão simples, segundo ele: ao longo de todo um jantar ele não viu a mão do garçom —tampouco ouviu sua voz.

A maioria dos ruídos que interferem num serviço de bordo é fruto da rudez com que os comissários interagem com o passageiro —ou, ironicamente, do próprio excesso de simpatia. Se eliminarmos esse contato quase sempre beligerante, suprimimos também a possibilidade de conflito. Mas como?

Pedidos feitos antecipadamente, com detalhes definidos num "pré check-in". Ou um balcão -como um grande lounge (que algumas companhias já têm nas classes executivas)— em que passageiros possam se servir numa atmosfera relaxada, muito próxima de um refeitório escolar nas alturas...

Agora, se é para sonhar, torço para alguém inventar uma poltrona que possa receber um minibar e um aquecedor. Afinal, nem o melhor "chef nas nuvens" pode superar o sabor de uma comida caseira que você -ou, com um pouco de sorte, sua mãe!— pode preparar e levar para a viagem...

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