São Paulo ganha mais bares especializados que miram adoradores de cervejas e drinques

O ano de 2016 não foi fácil. Mas, olhando em retrospecto, surgem contrapontos. Por causa dele, por exemplo, existem (muitos) novos bares em São Paulo —e especialmente nos últimos meses eles parecem ter pipocado. Há mais barmen atrás dos próprios balcões, cerveja fresquíssima nas torneiras e um público mais maduro, em busca de especialidade.

"De um lado, o cliente está experiente e quer mais originalidade e menos pretensão. De outro, os bartenders estão deixando as consultorias para abrir suas casas e mostrar o trabalho deles", diz Jean Ponce, que abriu o Guarita Bar em junho.

"As pessoas não sentem mais a necessidade de dizer que tomam 'só isso e não aquilo', de pedir apenas o clássico. São consumidores abertos, e cabe ao profissional estimular a sua curiosidade", completa Fabio la Pietra, ex-SubAstor e do novo Peppino.

E, nos salões cervejeiros, quem acabou de chegar acha que ainda há espaço a explorar, mesmo com tantas novas torneiras. "Tem muita gente para conhecer a cerveja artesanal. A proporção de bares para a cidade ainda é pequena", diz Pedro Henrique Berthô, gerente de marketing da Goose Island no Brasil.

"Este ano será muito produtivo", diz La Pietra. "Houve um tempo de monotonia, os bares faziam as mesmas coisas —e não podemos falar de concorrência se não há variedade. Uma demanda mais complexa traz novas ideias. O último semestre mostrou isso."

Agora, devem surgir "categorias de bares", para Marcio Silva, do Guilhotina. "Bares de hotel, 'speakeasies', os que têm volume grande de coquetéis, bares de rua..."
Mesmo em período de crise.

Não à toa, a principal inauguração da Companhia Tradicional de Comércio (grupo da Bráz, do Pirajá e do Astor) no ano foi um bar: o Câmara Fria. "Todos os nossos bares estão atravessando a crise de uma maneira mais positiva. Mas por trás disso existe uma questão: no bar você pode controlar mais a conta, a experiência é aberta, sem uma sequência obrigatória, como no restaurante", diz Ricardo Garrido, um dos sócios. "A função dele é essa, ser democrático."

Conheça seis novos bares paulistanos e veja abaixo uma linha do tempo de 2016.

GOOSE ISLAND BREWHOUSE
BOTECO PARAMOUNT
RAIZ
GUILHOTINA
PEPPINO
CÂMARA FRIA
VEM AÍ: THE JUNIPER 44º

UM ANO DE BARES

JANEIRO

Choperia São Paulo. R. dos Pinheiros, 315, Pinheiros, tel. 3360-5101
Barouche. Lgo. do Arouche, 103, República, tel. 3224-9097

FEVEREIRO
G&T. R. Peixoto Gomide, 1.679, Jardim Paulista
Capitão Barley. R. Cotoxó, 516, Pompeia, tel. 2609-9476

MARÇO
Ambar. R. Cunha Gago, 129, Pinheiros. tel. 3031-1274

ABRIL
Taka Daru. R. Costa Carvalho, 236, Pinheiros, tel. 3034-0937

MAIO
Negroni. R. Padre Carvalho, 30, Pinheiros, tel. 2337-4855
Bar do Jiquitaia. R. Antônio Carlos, 268, Consolação, tel. 3262-2366
C.O.D. (Craft on Draft). R. Alagoas, 900, Higienópolis, tel. 3938-5977

JUNHO
Kraut. R. Barão de Tatuí, 405, Vila Buarque, tel. 4323-6390

JULHO
Guarita. R. Simão Álvares, 952, Pinheiros, tel. 3360-3651
Paramount.

AGOSTO
Recreo. R. Padre João Manuel, 1.249 - Cerqueira César, tel. 3068-0169
Ipo. R. Mota Pais, 32, Vila Ipojuca, tel. 3853-6178

SETEMBRO
São Conrado. R. Aspicuelta, 51, Vila Madalena, tel. 3074-4389
Lira. R. Marquês de Itu, 1.039, Vila Buarque, tel. 2528-3786

NOVEMBRO
Câmara Fria.
Biri Nait. R. Cunha Gago, 864, Pinheiros, tel. 3032-9028
El Balcón. Al. Campinas, 1.333, Jardim Paulista, tel. 3885-0148
MeGusta. R. Bela Cintra, 1.551, Consolação, tel. 3081-8358
Raiz.

DEZEMBRO
Peppino.
Due. R. Manuel Guedes, 85, Jardim Europa, tel. 3078-8092
Guilhotina.
Goose Island.

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