Um morador das antigas e um novo habitante da Mooca falam sobre o bairro. Confira as visões de cada um deles sobre o bairro na zona leste de São Paulo.
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O VETERANO
Herdeiro da doceria Di Cunto, Reinaldo Di Cunto, 73, é nascido e criado na Mooca. Viveu até os 15 anos em um sobrado da rua dos Trilhos e, quando moleque, gostava de se pendurar nos trens de carga que passavam diante de casa.
sãopaulo - Viver na Mooca é...
Reinaldo di Cunto - sentir como se o bairro inteiro fosse a minha casa.
O Juventus é...
o segundo clube de todo paulistano —o meu primeiro é o Palmeiras.
Só tem na Mooca
mooquenses que falam que nem eu.
A essência do mooquense
a espontaneidade e a alegria.
Comida que simboliza o bairro
macarrão e cannoli.
Onde a Mooca é mais Mooca
na rua da Mooca, do 1.860 até a esquina com a avenida Paes de Barros.
Onde a Mooca é menos Mooca
nos prédios novos, que não têm a cara do bairro.
O futuro da Mooca
talvez perca a essência, porque os velhos estão indo embora e os jovens não têm o mesmo amor pelo bairro.
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O NOVATO
O cenógrafo Mozart Fernandes, 45, viveu e trabalhou em Pinheiros por 15 anos. Há três meses, estimulado pelo projeto Distrito Mooca, inaugurou a galeria Disjuntor e mudou-se de vez para a zona leste com a mulher, Mônica.
sãopaulo - Viver na Mooca é...
Mozart Fernandes - engraçado, parece uma cidade de interior dentro de uma cidade grande.
O Juventus é...
nada, não gosto de futebol.
Só tem na Mooca
mooquenses, que recebem quem vem de fora cheios de preconceito, mas de braços abertos.
A essência do mooquense
é um trabalhador, muito preocupado com a vida do próximo.
Comida que simboliza o bairro
bife à milanesa com batata da Hospedaria, que lembra as férias na casa da minha avó.
Onde a Mooca é mais Mooca
no Baixo Mooca, o trecho operário do bairro.
Onde a Mooca é menos Mooca
nos novos empreendimentos imobiliários, que não respeitam a arquitetura industrial.
O futuro da Mooca
tornar-se um lugar de história, arte, gastronomia e eventos a céu aberto, como ainda não tem em SP.
