Projetos gratuitos de dança levam diferentes ritmos à av. Paulista aos domingos

Quem não tem tempo nem dinheiro para encarar as séries em academias pode colocar o corpo em ação na rua. Nem que seja no domingo.

Na Paulista, há diferentes grupos de dança, cada qual com seu passo, espaço e ritmo: zumba, black music, forró, dança cigana, K-pop.

São projetos, encontros e eventos que botam o povo para se mexer. Quem já faz academia, pedala, patina, caminha, corre, complementa o exercício com a dança. Há quem a use só para relaxar.

Os propósitos são diversos, tanto quanto os dançarinos. O professor de zumba Paulo Franco, 33, acredita que "diversão, interação social e atividade física" são as motivações do sucesso desses encontros.

E tudo sem precisar pagar nada.

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DANÇA E MALHA

Na entrada do shopping Center 3, Paulo Franco comanda aulas de zumba, modalidade que mistura malhação e danças latinas."Trabalha pernas, costa, glúteo, abdômen. E mexe com o equilíbrio, a memória", ressalta o professor.

O projeto chega a reunir 300 pessoas por edição, diz Cecilia Hastings, gerente de marketing do shopping.

Marilene Fukuwara, 43, coordena um grupo de WhatsApp com 50 pessoas que bate ponto para dançar ali.

"É a união perfeita entre passeio, encontro com amigos e exercício."

Em dois domingos do mês, das 11h às 13h, no shopping Center 3, av. Paulista, 2.064.

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PÉ DE SERRA

"Tem quem nunca viu isso, as pessoas se divertindo, amassando-se, se abraçando. Essa é a vantagem de um evento a céu aberto", gaba-se Claiton Ruiz, 40, estudante de dança. Ele foi convidado por colegas a participar do Forró dos Amigos, realizado em frente ao prédio da Gazeta.

"Queremos oxigenar o mundo do forró, que muitas vezes acaba restrito a casas especializadas", diz uma das produtoras do evento, a bancária Andreia Cuenca, 33. Segundo ela, algumas edições chegaram a atrair 400 pessoas.

Último domingo do mês, das 13h às 18h, em frente ao prédio Gazeta, av. Paulista, 900.

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SÓ NO PASSINHO

Pouco depois do Masp, o ritmo muda. Ao microfone, sob uma tenda de náilon azul onde também está um DJ, a coordenadora do Projeto Som do Bom, Patrícia Souza, 42, incentiva seu público a dançar black music.

A dona de casa Andreia da Silva, 48, puxa a coreografia com umas 20 pessoas. "Professora? Não, é mais o gosto pelo black. É a minha pegada, a minha diversão e a minha academia. Venho suar." Reginaldo de Oliveira, 47, que a acompanha, grava todos os passos no celular. Para quê? "Ensaiar em casa."

Primeiro e terceiro domingos do mês, das 11h às 18h, av. Paulista, altura do 1.471.

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FINA ESTAMPA

Alguns metros depois do Club Homs, mulheres rodam suas saias e batem palmas ao som de música cigana. Quem promove o encontro é a sommelière de vinhos e filha de ciganos, Samantha Laras, 41. "Comecei com minhas duas filhas e um amigo. Aos poucos, angariei uns alunos e formei o Shon Raty", conta ela.

Trata-se de um grupo de dança cigana com 12 integrantes. Somando os convidados de cada um, chegam a juntar 40 pessoas. "A bailarina mexe os braços, as pernas e o quadril. Mexe com a mente", diz Samantha.

Uma vez por mês, encontros esporádicos, av. Paulista, altura do 671.

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K... O QUÊ?

K-pop (Korean Pop). Febre entre adolescentes brasileiros, as bandas pop da Coreia do Sul (BTS, Exo, Black Pink) atraem principalmente pelas coreografias sincronizadas.

Ao lado da estação Brigadeiro do metrô uma multidão de jovens se reveza na execução das danças. Geralmente em grupos, eles tomam o centro de uma roda também numerosa e barulhenta de espectadores e dançam num loop felicíssimo.

O encontro na avenida é o quarto do tipo organizado pela KO Entertainment, especializada em eventos da cultura pop sul-coreana.

Eventos esporádicos.

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