18 personalidades revelam promessas para melhorar a capital e a própria vida em 2018

Paulistano é o tipo que não para. Um grupo deles já começou o ano revirando gavetas, rediscutindo projetos e traçando estratégias para tornar 2018 melhor. Gente que está preocupada com a fome, com os refugiados, com a reciclagem de lixo e com os inúmeros buracos espalhados pelas ruas. Que quer, sim, viver em uma cidade mais verde e, por favor, tolerante.

Outros que vão apostar as suas fichas (ainda mais) em educação e cultura —xô, censura. Reclamar, todo mundo adora. Ainda mais nas redes sociais, terreno de ninguém onde todo mundo se acha o dono da verdade. Agora, colocar a mão na massa... Talvez então nem seja necessário esperar o Carnaval passar para começar a agir. Inspire-se nas próximas páginas, oxalá!

GASTRONOMIA

Alex Atala, 49, chef do D.O.M. e fundador do Instituto ATÁ
"Pelo ATÁ, realizaremos um seminário para discutir o futuro da alimentação com especialistas do mundo todo. Acho que São Paulo e o Brasil devem ser celeiro desse debate sobre alternativas de como levar alimento de qualidade à população mundial, que pode chegar a 8,6 bilhões de pessoas em 2030"

Nadia Pizzo, 50, chef-executiva do Ráscal
"Usar menos WhatsApp e ter mais conversas 'olho no olho', encontrar os amigos e conviver de maneira mais intensa. usamos esses aplicativos de forma indiscriminada, eles nos dão uma falsa sensação de proximidade"

Marisabel Woodman, 30, chef do restaurante La Peruana
"Vou seguir divulgando a gastronomia peruana em São Paulo e empreendendo. Trazer parte da minha cultura para a cidade e gerar empregos e negócios são formas que tenho para contribuir"

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EMPRESARIADO

Giuliana Romanno, 42, estilista
"Dois projetos para melhorar a cidade de São Paulo: Um deles é o que irei desenvolver com as artesãs da Linha Nove, entidade que trabalha com capacitação de mão de obra. A outra iniciativa é dar continuidade ao projeto de melhorias na praça Gastão Vidigal. Pertenço ao grupo Pais da Pracinha e nos mobilizamos para cuidar e melhorar a sua estrutura. Vamos inaugurar nossa horta comunitária"

Rachel Maia, 46, CEO da Pandora
"Para 2018, vou encabeçar um projeto de capacitação de pessoas para o mercado de varejo, que inicio na cidade de São Paulo. A perspectiva é que no primeiro semestre já tenhamos 40 pessoas formadas através de uma instituição de ensino. Estou muito feliz e animada com essa realização"

André Almada, 44, sócio da The Week
"Não me cansar de falar e de propagar a tolerância. Porque só o debate mitiga os preconceitos e acelera a igualdade. É importante continuarmos discutindo para tentar tornar São Paulo tão plural como ela sempre foi: uma cidade que aceita todos de todos os tipos"

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CULTURA

Marília Gabriela, 69, jornalista, atriz e apresentadora
"É preciso reciclar o lixo do edifício onde vivo desde 1993. Também tenho um projeto cultural ambicioso que envolve o teatro de São Paulo. penso em começar a fotografar e publicar os pavorosos buracos e remendos porcos do asfalto. Além de perigosos, eles são um grande prejuízo para a imagem desta metrópole"

Rael, 35, cantor
"A vida vai ficar mais agradável se a gente encher menos o saco uns dos outros e cuidar para sermos pessoas melhores. cada vez que vou na quebrada onde nasci, na zona sul, me entristeço ao perceber como as coisas estão. Tenho um filho de 5 anos e sigo na missão de educá-lo para que cresça um cara bacana"

Ellen Oléria, 35, cantora e apresentadora
"Não dirijo. Optei por seguir sem colocar mais um carro na rua. Pretendo ser mais ativa junto a alguma organização de apoio a refugiados. São Paulo recebe muita gente que precisa de ajuda para se adaptar a uma nova realidade, para sobreviver à perseguição política e à pobreza extrema"

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Cintia Gonçalves, 42, sócia e diretora-geral de Planejamento e Operações da AlmapBBDO
"São Paulo é uma cidade 'ocupada' 24 horas por dia, sete dias por semana, que muitas vezes não facilita o encontro entre as pessoas. Em um mundo que precisa muito de empatia e tolerância, imagino promover mais encontros, trocas e conversas. Quanto mais conhecermos outras pessoas e nos abrirmos para diferentes pontos de vista, mais rico e criativo será nosso 2018"

Nizan Guanaes, 59, fundador do Grupo ABC
"Eu vou lutar para que a prefeitura integre a ciclovia da Marginal Pinheiros, interrompida pela linha do metrô. Com um pouco de atenção das autoridades e parceria com o Metrô, dá para encontrar uma solução e devolver uma ciclovia por inteiro à cidade."

Marcelo Reis, 44, Co-CEO e CCO da Leo Burnett Tailor Made
"2018 será decisivo para o movimento #VoltaPinheiros. Eu e o grupo de cidadãos que abraçaram essa causa vamos continuar pedindo ao governador Alckmin e ao prefeito Doria a primeira reunião séria e conjunta para dar início à elaboração do plano de revitalização do rio. Um não pode continuar empurrando o problema para o outro"

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COMÉRCIO

Rosangela Lyra, 52, presidente da Associação Comercial dos Jardins
"Vou lutar para conseguir parcerias junto À iniciativa privada para melhorar as calçadas da região dos Jardins. Além disso, vou trabalhar para que os fios elétricos sejam enterrados em toda a cidade, como fiz com a rua Oscar Freire, em 2005. E continuar a conscientização DE lojistas e comerciantes para que pensem mais no coletivo e façam parte da associação. Unidos somos mais fortes e mais poderosos"

Carlos Jereissati Filho, 46, presidente da Iguatemi Empresa de Shopping Centers
"Estamos sempre presentes em iniciativas que beneficiem os paulistanos, como o Parque do Povo. Trata-se de uma das últimas grandes contribuições para a cidade em que nossa gestão, em conjunto com o Poder Público e outras três empresas, fez com que resultasse num amplo espaço de lazer. O meu desejo é continuar cada vez mais envolvido em novas causas que beneficiem a cidade"

Abram Szajman, 78, presidente da Fecomercio SP
"Os empresários do comércio de bens, serviços e turismo do Estado de São Paulo, representados pela Fecomercio SP e seus 142 sindicatos filiados, estarão atentos ao novo consumidor, que emerge da brutal recessão que atravessamos. Quem aprendeu a viver sem o supérfluo pode incorporar isso ao cotidiano de um país e de uma cidade que precisa se adaptaR aos desafios do mundo atual"

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EMPREENDEDORISMO SOCIAL

Roberto Kikawa, 47, fundador da Cies Global
"No último ano pudemos contribuir com 1,5 milhão de atendimentos, entre exames, consultas e cirurgias, para pacientes que aguardavam por vaga com médico especialista na fila de espera do SUS. Em 2018, a equipe do Cies Global irá duplicar esse número, chegando A 3 milhões de atendimentos e rumo a atingir cada vez mais as áreas periféricas de São Paulo"

Ricardo Cardim, 39, criador da Associação Amigos das Árvores de São Paulo
"Minha intenção é recuperar 13,5 km da margem do rio Pinheiros com Mata Atlântica, na forma de paisagismo e de florestas de bolso, plantando 18 mil árvores e 2.000 arbustos nativos. Por ali passam diariamente 3,5 milhões de pessoas. Essa floresta urbana vai melhorar a vida e a saúde de quem transita ou mora próximo, impactando positivamente toda a metrópole"

Tábata Amaral, 24, co-criadora do Movimento Mapa Educação
"Meu sonho para São Paulo é a igualdade de oportunidades e isso só é possível com uma educação de qualidade para todos. Por isso, continuarei lutando, junto com o Movimento Mapa Educação para que ela se torne prioridade de fato e não só discurso para eleitores, candidatos e governantes. continuaremos conscientizando a população sobre a urgência da nossa educação"

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ACREDITE SE QUISER

Netuno e Júpiter
O mapa astrológico do Brasil indica incertezas na política e na sociedade. "Há um efeito de Netuno que causa uma certa dispersão nos objetivos", diz o astrólogo Mauricio Bernis. "Mas Júpiter também está em destaque, trazendo bons resultados para a economia"

Força para realizar
No tarô, a carta que vai reger o ano é a da força, segundo o tarólogo João Rosa. "Representa poder para a superação de desafios e o sucesso na conquista de sonhos. O ano promete ser muito bom para a realização de projetos pessoais e para a solução de demandas sociais, que já estão em pauta"

Dias extremos
Segundo a cabala, este será um ano de extremos. "O número 18 significa vida. Em 2018, a gente tem que escolher ser uma pessoa que vive de forma significativa, sem sugar energia", conta Shmuel Lemle, professor da Casa da Kabbalah

Ano do cão
No horóscopo chinês, em fevereiro inicia o ciclo do "Cão na Terra". "Terra significa firmeza e credibilidade. E o signo é o cão, que representa a fidelidade e a constância", explica o mestre I Ming, da Sociedade Feng Shui no Brasil

Verão mais frio
De acordo com o Ipmet (Instituto de Pesquisas Metereológicas), o ano inicia com previsão do fenômeno La Niña, indicando temperaturas um pouco abaixo da média até março

Conflitos e lutas
Segundo o pai de santo Rodney de Oxóssi, 2018 terá a influência de Iansã e Ogum (orixás ligados à guerra e às conquistas) e também de Exu (da comunicação). "Será marcado por desafios individuais e com probabilidade de grandes conflitos internacionais", diz ele

"Feriado... comemore!
Dos 14 feriados previstos em São Paulo, sete cairão na terça ou na quinta. Quem puder emendar terá 21 dias de descanso ao longo do ano. Em 2017, foram 16.

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