Cercado por fêmeas, chimpanzé do zoo de SP tenta viver um eterno Dia dos Namorados

"Rapaz, que bagunça", poderia ter pensado o chimpanzé Pepe, 14, quando se tornou o único macho da espécie no zoológico da capital paulista. Com hormônios à flor da pele, cercado por seis fêmeas e pertencente a uma espécie com comportamentos poligâmicos, ele tinha tudo para viver uma loucura.

Só que essa balada é daquelas em que você chega em todo mundo, mas não pega ninguém. Pepe até tenta chamar a atenção. Para se tornar atrativo, grita, corre e sobe pelas cordas que levam a uma plataforma elevada –só ficaria mais completo se pagasse bebida para as meninas ou dançasse mostrando os bíceps.

Mesmo assim, o máximo que consegue é um beijinho. E o motivo tem nome: quem manda no pedaço é Faustina, 34.

Mais experiente, ela se consolidou como a líder do grupo, resolvendo as brigas e impondo a ordem, sem baixar a cabeça para Pepe nem para as outras fêmeas: Maria Pia, 32, Tina, 21, Cuca, 16, Lulu, 11, e Vitória, 11.

Mas o rapaz segue tentando transformar sua rotina em um eterno Dia dos Namorados. Por isso, os biólogos resolveram se precaver. Para evitar filhotes e uma consequente superpopulação no local, as fêmeas recebem hoje um anticoncepcional subcutâneo.

Zoológico de São Paulo Av. Miguel Estefano, 4.241, Água Funda, tel. 5073-0811. Seg. a dom., 9h às 17h. Ingr.: de R$ 15 a R$ 36 (crianças menores de 5 anos e deficientes não pagam)

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CURIOSIDADE

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