Com sabores desconhecidos, produto de abelhas nativas chega à capital

Lucas Terribili/Divulgação
Tiúba e jataí são opções de mel da MBee
Tiúba e jataí são opções de mel da MBee

Ninguém se dirige ao mercado para comprar mel na expectativa de escolher entre um de uruçu-amarela ou um rótulo de mandaçaia. Mas, a partir desta semana, essa cena começa a se tornar mais provável.

É que o nome dessas abelhas brasileiras estará nas embalagens da nova linha de méis da Mbee, lançada em pontos como a Casa Santa Luzia. Para além da nomenclatura, os termos abrem um rol de possibilidades.

O mel ao qual estamos habituados é proveniente de espécies de abelha não naturais do Brasil e tem regulamentação mais consolidada. O mesmo não vale para os méis de abelhas nativas sem ferrão que, apesar disso, têm muitas possibilidades gastronômicas de cores, texturas, aromas e sabores.

Pioneira no assunto, a Mbee lança agora versões como a de uruçu-amarela, com alta acidez, corpo leve e sensação alcoólica que remete a licor. Floral e de doçura média, o de tiúba é mais delicado. Já o de mandaçaia pode lembrar abacaxi e cai bem em drinques.

A expectativa dos donos, Eugênio e Márcia Basile, é que a recém-aprovada lei para produtos artesanais de origem animal facilite o trânsito do ingrediente. Por ora, podem circular aqueles que têm certificação estadual. Depende da próxima etapa, a regulamentação da lei, deixar a vida mais doce.

Casa Santa Luzia. Al. Lorena, 1.471, Jardim Paulista.

Mesa III. R. Alves Guimarães, 1.474, Vila Madalena

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Kato/Divulgação
Drinque de cachaça com agrião
Drinque de cachaça com agrião

Clima de botecagem no Itaim

"Que forfé é esse?", perguntava a avó de Márcio Silva, bartender do premiado Guilhotina. A palavra significa bagunça, confusão, e é isso que ele pretende fazer ao lado do sócio Renato Calixto, do Factório, na nova empreitada: o Forfé, um bar com atmosfera, cardápio e salão de boteco.

Prevista para começar a funcionar a partir da próxima quarta (27), a casa será aberta no Itaim Bibi –na contramão de endereços mais refinados que pipocam naquelas redondezas. "Daí talvez venha um pouco da graça: falar de algo menos convencional por aqui", explica Renato Calixto.

Para beber, uma área na entrada dá conta de "chope claro e escuro, como antigamente", diz. Mas tem também a carta de drinques de Márcio, marcada pela pesquisa das bebidas infusionadas do começo do século 20.

Na época, era comum fazer pedidos como uma cachaça com agrião –que, inclusive, é a base para a criação de um dos coquetéis. No segundo mês de funcionamento, a casa deve abrir também para almoço.

Por ora, clássicos do receituário de boteco serão provados apenas no fim do dia. No menu há bolinho de siri, sanduíche de costela e, para a etapa principal, arroz de galinha caipira e picadinho. Tudo para regar à forfé uma boa refeição.

Forfé. R. Iguatemi, 243, Itaim Bibi. Ter., qua. e qui.: das 17h às 0h. Sex. e sáb.: das 17h às 1h.

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