Gim brasileiro mostra que veio para ficar

Adriano Vizoni/Folhapress
Os sócios da nova marca de gim Loki, Márcos Oliveira (à esquerda) e Mário Lins. (Gabriel Cabral/Folhapress)
Os sócios da nova marca de gim Loki, Marcos Oliveira (à esquerda) e Mário Lins

Se Arnaldo Baptista estivesse lá, talvez perguntasse será que eles são "loki, bicho", como diz a música do álbum "Loki?". Era também o que estava na expressão de uma garota diante da mesa em que um grupo experimentava gim antes das 10h, no Futuro Refeitório, em Pinheiros.

Mais: na sequência, chegou um Fitzgerald, drinque feito com limão, bitter, açúcar e gim —o brasileiro Loki, que será lançado no mês que vem.

"Esse gim é ótimo", disse o garçom antes de sair, já que o barman, mesmo, só chegava mais tarde. Premiado em um concurso em San Francisco em 2018, nos EUA, o Loki é o novo integrante da safra de gins brasileiros –que só cresce.

O Ministério da Agricultura tem 54 marcas registradas de gim, feitas em estados que vão de Goiás a Santa Catarina. Entre os produtores nacionais estão Virga, Amázzoni, Vitória Régia, Draco, Yvy e Beg.

Caçula, o Loki é exótico, como diz seu rótulo: dele vem um aroma perfumado de folha de manga –e outros dez botânicos como semente de coentro e alfazema azul. Os fabricantes, Mário Lins, publicitário, e Marcos Oliveira, advogado, apostaram em um produto orgânico, feito com álcool à base de cana-de-açúcar.

Para fazer gim, é possível usar álcool feito a partir de cereais, uva, batata e também cana. "Desde que seja neutro e tenha qualidade", explica Aline Bortoletto, especialista que está à frente de um curso sobre a produção de gim na Esalq-USP.

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