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Hospital no Jaçanã vai abrigar centro cultural
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GABRIELA LONGMAN
DE SÃO PAULO
Criado e executado pelo pintor Samson Flexor (1907-1971) em 1954, um enorme painel em mosaico ocupa o jardim do hospital São Luís Gonzaga, no bairro do Jaçanã, zona norte de São Paulo. O mural foi "redescoberto" há pouco mais de um ano por André Flexor, filho do pintor.
Jefferson Coppola/Folhapress |
Pavilhão do pronto-socorro do hospital São Luiz Gonzaga, situado na rua Michel Ouchana, 94, Jaçanã, zona norte |
"Eu havia me esquecido dele, tinha certeza de que não existia mais. Um amigo me escreveu falando a respeito. Fui até o Jaçanã e o encontrei preservado, apesar da passagem do tempo", disse à sãopaulo.
O painel decora a entrada de um pequeno teatro, construído no jardim do hospital a fim de entreter as crianças ali internadas. O espaço, hoje fechado, serve como depósito de arquivo do hospital. Mas o "reencontro" com o painel fez fermentar uma ideia na cabeça de André Flexor: transformar o local num centro cultural que possa abrigar atividades de educação artística, cinema, ciência, meio ambiente e saúde voltadas para os moradores do Jaçanã e dos bairros vizinhos.
Nos últimos meses, ele se reuniu com a diretoria do hospital, que também gostou da ideia. Agora, tentam estabelecer um projeto em conjunto e começam a estudar os custos para viabilizar a empreitada. A ideia é que os recursos para reforma e instalações do novo espaço --cerca de R$ 500 mil-- sejam captados via Lei Rouanet ou através de parcerias.
"Pensamos num espaço multiuso que possa receber exposições e ser também um anfiteatro para palestras", diz Reberson Pierro, coordenador administrativo do hospital. Ele conta que, antes mesmo de conhecer André Flexor, já havia pensado em maneiras de aproveitar melhor o antigo teatro mirim.
Jefferson Coppola/Folhapress |
Painel de Alfredo Volpi pintado na parede da entrada do PS infantil do Hospital São Luiz Gonzaga, na zona norte de SP |
Volpi e Bonadei
Maior hospital municipal da zona norte, o São Luiz Gonzaga foi fundado em 1904 como um leprosário. Nos anos 1940, o conjunto construído sobre uma área verde de 125 mil m2 se transformou num dos principais centros de tratamento de tuberculose --a proximidade da serra da Cantareira favorecia o cuidado de doenças respiratórias. Foi nesse período que uma série de artistas --a maior parte deles ligados ao grupo Santa Helena-- trabalhou no local, sobretudo na ala infantil.
Hoje, quem anda pelos corredores da pediatria se depara com duas grandes pinturas de Alfredo Volpi (1896-1988) e uma de Aldo Bonadei (1906-1974). Feitas diretamente sobre a parede, as três obras foram restauradas há cerca de três anos.
Um dos 12 hospitais de São Paulo administrados pela Santa Casa de Misericórdia, o São Luiz Gonzaga faz, em média, 140 partos e 320 cirurgias e atende a cerca de 20 mil emergências por mês. Os 14 mil m2 de área construída ficam num terreno com árvores centenárias e diferentes espécies de flores e pássaros. Segundo a diretoria do hospital, a Santa Casa já foi consultada e deu sinal verde para o projeto do centro cultural.
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