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10/10/2010 - 10h07

Muito ricos e muito pobres não têm vez no Google Street View

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OCIMARA BALMANT
DE SÃO PAULO

Desde a semana passada, quando as fotos das ruas de São Paulo ficaram a um clique de distância, o Google Street View passou a ser alvo de polêmica, justamente por mostrar demais. Mas a ferramenta que tudo vê não conseguiu enxergar os extremos da cidade: nem os mais ricos nem os mais pobres podem ser vistos pelo mapeamento fotográfico.

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Reprodução
Imagem da avenida Paulista, em São Paulo, no Google Street View
Imagem da av. Paulista, em São Paulo, no Google Street View

Se a intenção é espiar a fachada de algum casarão da rua Angra dos Reis, em Santo Amaro, não vai dar certo. Quando o carro do Google Street View passou pela região, na zona sul de São Paulo, não conseguiu ir além da portaria do condomínio Chácara Flora, onde ficam a Angra dos Reis e outras dez ruas.

Rodeadas por muros altos e em meio a exemplares de mata atlântica preservada, as cerca de 170 mansões do condomínio são inacessíveis ao internauta. A guarita, que fica na rua Visconde de Porto Seguro, é a única imagem disponível.

A ausência dessas fotografias obedece ao "padrão Google de captação de imagens". Desde o início do ano, quando o carro com nove câmeras digitais acopladas começou a trafegar pela cidade, a proposta foi registrar apenas o que qualquer pessoa pode ver quando dirige ou caminha.

Como condomínios, ruas privadas e vilas não são abertos ao público, o Google diz que os motoristas foram instruídos a acatar o pedido dos moradores, seja para mapear, seja quando não permitem a entrada. No caso da Chácara Flora, a administradora do condomínio informou que nem chegou a ser procurada pelo Google. Mas, caso tivesse recebido o pedido, negaria por questão de segurança e privacidade.

Um passeio virtual por outros redutos milionários mostra que a prática tem sido a mesma. Em Alphaville, quase só é possível visualizar as grandes avenidas. As dezenas de ruas residenciais estão "protegidas" do Street View. O máximo que se pode ver são a quadra de uma ou a churrasqueira de outra.

"Ninguém veio aqui!"

Se os condomínios ficaram de fora por opção, não foi por escolha própria que os moradores de Grajaú e Parelheiros, no extremo sul da capital, foram excluídos do sistema de mapeamento.

"Fui todo feliz ver minha casa e vi que não tinha nada. Colocaram a cidade toda dos bacanas, mas e a periferia?", pergunta Dinei Ferreira, 28, cobrador de ônibus. A casa dele fica na rua Pedro Marceneiro, no Grajaú, a apenas 5 km do autódromo de Interlagos. O autódromo está no Google Street View, a casa de Dinei, não.

Parte das favelas de São Paulo também não está no sistema. Em Paraisópolis se vê um ou outro endereço. O Google afirma que tem interesse em mapear toda a malha viária do Brasil, inclusive favelas do Rio de Janeiro e de São Paulo. A empresa diz que pretende entrar em contato com as autoridades e com as comunidades para viabilizar o mapeamento.

Para se achar no Google

O Google Street View é a terceira geração de mapeamento da empresa. Ao acessar o site, o usuário pode ir ao:

  • Google map

Oferece a localização da rua e indica rotas a serem feitas de carro, a pé ou de transporte público

  • Google earth

Mapeamento em 3D por satélite, possibilita ver os países a partir do espaço

  • Google street view

Mapeamento fotográfico das ruas, já disponível em São Paulo e em mais 50 cidades do Brasil

 

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