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Depois de shows no Brasil, cantora SoKo garimpa brechós paulistanos
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KÁTIA LESSA
DE SÃO PAULO
O show de São Paulo ainda estava no começo quando alguém na plateia não aguentou e arriscou em voz alta: "SoKo, onde foi que você comprou os seus sapatos?". A resposta da cantora vem seca: "Moda fica para depois do show, ok?", retrucou, tentando deixar o assunto em segundo plano.
Após tocar em Recife, Salvador, Porto Alegre e no Sesc Pompeia, em São Paulo, a atriz e cantora Stéphanie Sokolinski, conhecida como SoKo, 25, aproveitou o tempo livre na cidade para garimpar novas peças para seu figurino itinerante.
Adepta de um estilo repleto de elementos "gypsy" (de inspiração cigana) e hippie, a francesinha é avessa a roupas contemporâneas. "Não uso nada novo. Nem lembro a última vez em que comprei camisetas desta década. Prefiro peças únicas", conta a garota, que já emprestou a voz para um desfile da estilista Stella McCartney.
Horas antes de um show privado na casa da cantora Tiê, onde ficou hospedada durante sua passagem pela cidade, a artista se divertiu entre xales, chapéus, óculos e calçados vintage. Tentou arrematar um par de botas masculinas do acervo do brechó Minha Avó Tinha, no bairro de Perdizes, mas o dono linha-dura não deixou: "Essas são só para aluguel", mandou, sem se deixar levar pela voz suave da indicada ao César (o Oscar francês) de melhor atriz pelo trabalho em "à l'Origine", de Xavier Giannoli.
Entre uma cantarolada e outra, dentro do provador, experimentou dezenas de coletes, na maioria peças com bordados coloridos, muita franja, além de pulseiras em prata e pedraria. Apaixonou-se por uma lata de chá, uma caixa de maquiagem dos anos 50, e óculos redondos. Rejeitou casacos de pele --ela é "vegan"-- e ficou espantada com o preço de quase todas as coisas.
Não tão bonitinha
Sem nem ao menos um álbum gravado, apenas o EP "Not SoKute", SoKo ficou conhecida pelo hit "I'll Kill Her", que ela já não canta mais nos shows. Por aqui, as apresentações foram conturbadas. Em Porto Alegre foi elogiada, em Recife estava tão cansada da viagem que não conseguiu relaxar a voz e, em Salvador, saiu do palco sob vaias, depois de uma apresentação de apenas 20 minutos. Por aqui, brincou com a plateia e só largou o violão quando a assessora obrigou.
A instabilidade nas apresentações tem explicação. "Sempre peço aos agentes que não me coloquem para tocar em lugares grandes e no mesmo palco de bandas "feliz'", arrisca em português. "Em Salvador, as pessoas estavam bêbadas, animadas, falavam alto. Esperavam a banda de reggae que ia tocar logo em seguida, com dezenas de músicos. Nada disso combinava com o estilo intimista do meu som", comenta, triste.
Antes de deixar a loja, tentou comprar um par de sapatos bicolores, tipo "oxford", como os que calçava no dia do show do Sesc. Indignada com o preço (R$ 300), deixou escapar: "Tenho um desses. Comprei em um brechó em Los Angeles e paguei apenas 10 dólares, acho que vou continuar com eles, aqui é tudo muito caro".
Brechós bacanas
Minha Avó Tinha
O maior acervo da cidade oferece peças para aluguel e venda. Por lá, os achados são de roupas, acessórios e objetos de decoração.
R. Dr. Franco da Rocha, 74, Perdizes, tel. 3865-1759
Spazio Vintage
Peças militares e vestidos das décadas de 1960 e 1970 em bom estado, além de achados para decoração de cozinha.
R. Rodésia, 74, Vila Madalena, tel. 3815-8480
www.spaziovintage.com.br
B. Luxo
Ótimas opções para quem procura modelos dos anos 1980 e óculos vintage.
Rua Augusta, 2633, lj.16, Jardim Paulista, tel. 3062-6479
www.brecholuxo.blogspot.com
Juisi by Licquor
Boa pedida para quem busca peças japonesas e vestidos dos anos 1970.
Al. Tietê, 43, lj. 6, Jardim Paulista, tel. 3063-5766
www.juisi.blogspot.com
ONDE OUVIR E LER
- EP "Not SoKute" (2007): myspace.com/mysoko
- O show particular na casa da cantora Tiê foi transmitido pelo Twitter, no qual a moça é bem ativa. Siga: twitter.com/SoKothecat
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