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26/10/2010 - 16h19

Os palmirinhos

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ADRIANA KÜCHLER
COLUNISTA DA REVISTA sãopaulo

Conheça a receita dos "cozinheiros" da televisão para disputar a audiência dos órfãos de Palmirinha, a vovó das panelas

Daniela Albuquerque, do "Manhã Maior", da Rede TV!

Patricia Stavis/Folhapress
Daniela Albuquerque na cozinha do 'Manhã Maior'
Daniela Albuquerque na cozinha do 'Manhã Maior'

O que é um ponto no meio do prato? É Daniela cozinhando em seu programa. "Outro dia, o ponto [microfone com o qual a direção fala com os apresentadores] caiu no prato, ao vivo!", ri. "Na hora, eu falei: 'Gente, essa comida está tão gostosa que até meu ponto quer comer!'"

A primeira-dama da Rede TV! (é mulher de Amilcare Dallevo, presidente da emissora) tem chef em casa, mas conta que cozinha desde pequena. Entre as suas receitas, a favorita do marido é o bolo de aveia com banana, maçã e canela, "que aprendi com uma ex-sogra em Mato Grosso do Sul".

Com Palmirinha, aprendeu "esse negócio de falar calmo, de ficar repetindo para o pessoal entender". E se preocupa em oferecer receitas acessíveis. "Não adianta a gente querer fazer caviar, se às vezes [as pessoas] não tem caviar. A gente faz pratos simples, mas sofisticados."

Daniel Bork, do "Dia Dia", da Band

Patricia Stavis/Folhapress
O apresentador Daniel Bork prova prato do 'Dia Dia'
O apresentador Daniel Bork prova prato do 'Dia Dia'

Quando uma grávida deseja a comida que aparece num programa de TV, o que ela faz? "Elas me pedem pra mandar o prato ou perguntam se o marido pode vir aqui na emissora buscar", diz Daniel.

Seu público, conta, é formado pelas grávidas famintas e também por velhinhas, manobristas, motoristas. "É um público discriminado na mídia, tem gente deprimida. Eu falo: 'Vamos sacudir essa poeira e fazer essa coxinha!'"

Pelos das mãos raspados para não atrapalhar a função, Daniel assume que seu estilo "povão" e a fórmula "balcão, careca e fogão" não fazem dele um "kitchen star", mas garantem o sucesso com sua audiência.

Alguns de seus hits são a coxa- creme e o bolo de banana. Mas o público já degustou feijão na garrafa térmica e até quibe de linguiça. "O Jamie Oliver faz um porco agridoce que ninguém aqui vai testar. Talvez a elite, mas as tiazinhas, não."

Viviane Romanelli, do "TV Culinária", da Gazeta

Viviane ganhou a missão impossível de substituir Palmirinha em seu programa. "Substituir, não", alerta, "porque ela é insubstituível, é uma deusa, a vovó do Brasil". Fã da vovó do povo, ela se preocupou em mudar o show: não cozinha, mas interage com chefs convidados.

E tem outras referências: "Me acho parecida com a Nigella [apresentadora inglesa]. Eu também derrubo tudo". Ao vivo, já queimou bolo e sujou cabelo com chantilly. E solta frases como "vou queimar minha rosquinha".

Para quem acha que conhece a moça de algum lugar, ela trabalha há 15 anos na área, em programas como o do canal Shoptime: "Todo mundo me diz que eu tenho cara de cozinha". Na segunda, Viviane ensinou a fazer rissole com carne-seca ao som de "Coisinha tão Bonitinha do Pai". "Tá ornando, né? Rissole tem tudo a ver com sambinha."

Edu Guedes, do "Hoje em Dia", da Record

Patricia Stavis/Folhapress
Edu Guedes no cenário do 'Hoje em Dia', da Record
Edu Guedes no cenário do 'Hoje em Dia', da Record

Dono de sorveteria e garoto-propaganda da empresa do sogro, a Nestlé, o chef Edu sofreu preconceito no início da carreira: "Não por ser homem, mas pela simplicidade da profissão. Me diziam: 'Você tem uma posição bacana num banco e vai largar tudo pra cozinhar?'"

Preconceito vencido, conta o que faz quando a receita dá errado ao vivo. "Se mentir, a dona de casa percebe. Aprendi a falar a verdade. Já aconteceu de o bolo ficar duro, de o pudim não desenformar. Chamo o intervalo e vamos salvar a receita."

Edu executa um tipo de prato a cada dia: segunda é sempre uma receita light, "porque é o dia internacional da dieta". E qual é seu prato preferido? "Todo mundo me pergunta isso, mas, no programa, faço só o que o público quer. O que eu gosto faço em casa."

*

a lista de
SANDRO ROCHA
Ex-palhaço Ronald, do McDonald's, ele foi revelado como o major Rocha, o chefe das milícias combatidas pelo coronel Nascimento. Aqui, elege a tropa de elite do cinema nacional.

1 Selton Mello Ele está na minha lista dos cinco melhores atores, aqueles que se envolvem com o projeto pela arte, não pelo glamour.

2 Wagner Moura É fantástico. E, ao contrário do que muitas pessoas falam, ele é um doce. Quando a gente se encontra, troca ideia sobre filho, família, sobre coisas da vida.

3 José Padilha Daqui a pouco, a gente vai começar a analisar os outros filmes dizendo: "Como seria se fosse o Zé fazendo?" E ele me abriu essa oportunidade para fazer o Rocha. Sou suspeito para falar.

4 Lula Carvalho É um diretor de fotografia apaixonante. Faz o filme todo com a câmera na mão. Te dá muita liberdade de interpretação porque você não precisa se preocupar com onde ele está: ele vai atrás de você.

*

CONEXÃO NY-SP O clube de jazz Nublu, de Nova York, que promove um festival no Sesc Pompeia nesta semana deve ganhar em breve uma filial paulistana. Dono do local, Ilhan Ersahin acaba de abrir uma nova unidade em Istambul e caça lugares para se estabelecer aqui com a ajuda da produtora Talita Miranda. "Estamos sondando Vila Madalena, Augusta e Consolação. "A ideia é fazer um clube eclético e nada elitizado", diz Talita.

PUNK ROCK 2010 João Gordo e os fotógrafos Daigo Oliva e Mateus Mondini estreiam no dia 1º uma nova festa de "punk rock dançante" no Alley Club, a Sub. O nome da balada veio de uma clássica coletânea do movimento, lançada em 1982. Os três prometem tocar muitos hits, tudo em vinil.

MARÍLIA GABRIELA IN CONCERT Com tantos programas no ar, Marília Gabriela ainda acha tempo para fazer shows e se apresenta no Bourbon Street, nos dias 17 e 18. A direção musical do espetáculo é do maestro Ruriá Duprat, que já trabalhou com Diana Krall, Lenine, Belchior e Pelé.

MANUEL DOS GATOS Novo curador da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), o colunista da Folha e da sãopaulo Manuel da Costa Pinto já teve outros "títulos". Quando trabalhava na Editora da USP, era conhecido pelas acadêmicas como "Manuel dos Gatos" porque levava ração para alimentar os bichanos do campus --que atraía com um molho de chaves. Hoje, Manuel largou os felinos e tem três cachorros da raça cane corso, que, garante, têm "alma de gato".

 

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