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29/11/2010 - 11h43

Varal do rock

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ADRIANA KÜCHLER
COLUNISTA DA REVISTA sãopaulo

Gente que desfilou no festival Planeta Terra mostra seus looks e conta as manhas do "dress code" na hora de se vestir para um show.

"Comprei essa meia-calça num brechó de Nova York e nunca tenho oportunidade de usar porque ela chama muito a atenção. As pessoas ficam me olhando, fico sem graça. Aqui, é o espírito do show. Muitas cores, néon."
Barbara Novaes, 21, estudante de comunicação

"Demorei três horas para me arrumar. Em shows, a peça que eu sempre uso é esse shortinho Gucci. Queria que os caras da banda Yeasayer me vissem."
Bianca Sardinha, 25, designer

"Pensei em me proteger da luz do sol e ter conforto caso chovesse... Ou qualquer coisa do tipo! Quando o sol for embora, eu estou com uma camisa bem bonita por baixo. É só tirar o manto. Vou ficar como todas essas pessoas."
Led Marques, 28, músico

"Pensei em colocar uma plataforma, para ficar uns dez centímetros mais alta, mas preferi o conforto. Em shows, sempre uso camiseta de banda, e nunca saia."
Ivi Maiga, 26, bancária

"Sou um traveco! Fui me arrumando, tomando um drinque, passei purpurina, tomei mais um drinque, passei batom vermelho... Sabia que, em uma hora e meia, eu ia ficar toda borrada, mas tá valendo."
Fernanda Obregon, 26, publicitária

"Venho com short por baixo para poder ir nos brinquedos. Não é legal pagar calcinha, né?"
Esther Marinho, 23, estudante de teoria literária

"No festival, a gente tem que vestir o que quiser. Uso legging, que é fechada embaixo e não molha quando a gente vai no banheiro. Não uso saia curta porque, se ficar cansada, não dá para sentar."
Natalia Simões, 24, economista

"Pensei em usar um sapato de plástico, tipo Melissa, mas ele machuca muito. Sapato é uma das peças mais importantes em um show."
Frederico Dário, 21, do site ModismoNet

ARTE E FELICIDADE
Um dos designers mais badalados do mundo, o austríaco Stefan Sagmeister passou pela cidade e falou à coluna sobre Lou Reed e Rolling Stones

MICK JAGGER
"Mick é muito envolvido com as capas dos CDs sob um ponto de vista puramente financeiro. Isso porque uma banda como os Rolling Stones faz muito mais dinheiro com a capa do que com a música, já que a capa é a origem dos artigos de merchandising. Quando fiz a capa de 'Bridges to Babylon', ele pediu para criar algo que fosse como um logotipo, que servisse no palco e também em bonés de beisebol, em camisetas, em jaquetas de couro... Foi feito de tudo com o logo do álbum. Venderam 2 ou 3 milhões de cópias do disco, mas venderam um número de camisetas que gerou uma renda muito maior. Fiquei surpreso em ver que alguém que já tem tanto dinheiro ainda leva o dinheiro tão a sério. Mick é um homem de negócios e se vê como o CEO dos Rolling Stones."

LOU REED
"Fiz o pôster do álbum 'Set the Twilight Reeling' e outros trabalhos com Lou, que é quase meu vizinho em Nova York. Cada vez que mostrava um projeto para Lou, ele não dizia muita coisa. Não falava 'amei' ou 'odiei'. Aí, ele ligava no dia seguinte e declarava: 'Eu amei!' Acho que ele sempre pedia a opinião da Laurie [Anderson, sua mulher] quando chegava em casa. Se ela gostava, ele gostava também."

DAVID BYRNE
"Dos artistas com quem já trabalhei, é o mais próximo a mim. Fiz a capa do último álbum dele, com Brian Eno. Ele é muito sofisticado visualmente. Vários músicos, porque gastam tanto tempo com ensaios, se tornam sofisticados musicalmente, mas não sabem sobre imagem. David entende as duas coisas. É interessado em arte e namora uma artista contemporânea famosa [Cindy Sherman]. Muitos músicos desenham, mas a maioria não é boa. David faz verdadeiras peças de arte."

BIENAL
"Gostei muito da Bienal de São Paulo. Principalmente do trabalho do banho de sangue [do artista Ronald Duarte], com esse sangue escorrendo pela rua. E também do grande caminho de madeira, como uma vagina [de Henrique Oliveira], e do Palácio de Papel [de Mateo López]. A maioria das coisas não é muito bonita. Mas os artistas contemporâneos não estão preocupados com a beleza. Ela entedia. Hoje, a beleza é mais importante no design do que na arte."

GRAFITE EM SP
"Gosto do grafite daqui porque é incomum. Na maioria dos lugares aonde vou, ele é puramente influenciado pelo que se faz em Nova York. Na Grécia, em Londres, é tudo a mesma merda. Até na Andaluzia [na Espanha] o grafite parece que veio do Bronx. Aqui, ele tem seu próprio sabor. E ajuda muito o fato de a cidade não ter cartazes e outdoors."

FELICIDADE
"Estou fazendo um documentário sobre felicidade, 'The Happy Film'. Vou tentar descobrir se é possível treinar a mente com o objetivo de ser mais feliz, do mesmo jeito que se treina o corpo para ser mais forte. Alguns psicólogos dizem que sim. Vou checar se é verdade. Acho que existem quatro maneiras efetivas de chegar lá: meditação, drogas como Prozac, terapia cognitiva e descobrir quais são os seus objetivos e viver de acordo com eles."

O FEIRÃO DA SOLA VERMELHA
Liquidação de sapatos Louboutin leva fashionistas à loucura e a dividir compras em até dez vezes

O convite avisava: cada pessoa só poderia comprar cinco pares e nenhum deles poderia ser revendido --"se soubermos da revenda, teremos que excluí-los dos próximos eventos". Essas eram as regras da liquidação dos cobiçados sapatos Louboutin, famosos pelas solas vermelhas, que reuniu fashionistas desesperadas na última quinta, no shopping Market Place.

Sapatos de milhares de reais saíam com 80% de desconto (os mais baratos custavam R$ 650), e ninguém reclamou das regras em nome de realizar o sonho do Louboutin próprio. Exclusivo para convidadas, o saldão estava marcado para as 11h, mas, como Deus ajuda quem por um Louboutin madruga, às 8h30 a fila já se formava. O público levava o evento a sério e houve revolta quando a organização foi tirar blogueiras de moda da fila (para dar acesso ainda mais VIP).

Às sortudas que conseguiam chegar ao templo dos Louboutins, uma surpresa: a venda não acontecia numa loja fina, mas numa salinha chocha dentro da administração do shopping. Depois de escolher seu par perfeito, a compradora ainda tinha outra preocupação. Se deixasse o sapato dando mole, vinha outra botando a mão.

Uma das compradoras parcelou em dez vezes. Teve quem ligasse para a mãe, pedindo apoio financeiro. E duas amigas, que acumulavam oito pares, quando viram que um cartão não dava conta, dividiram a compra em quatro diferentes. (COLABOROU VIVIAN WHITEMAN)

PAUL, BONO... E AMY!
Depois de fazer um show particular para Paul McCartney, no último fim de semana, e para Bono Vox, do U2, em 2006, a cantora Izzy Gordon faz planos para o futuro: quer se apresentar para (ou com) Amy Winehouse, que dá pinta por aqui em janeiro. "É um prazer mostrar nossa música para esses artistas, mas o que eu queria mesmo era fazer o show de abertura para ela", diz Izzy, que vai entrar em contato com a produção de Amy para garantir sua escalação.

PECHINCHA BENEFICENTE
A galeria Luisa Strina começa no dia 11 uma venda beneficente de obras de artistas badalados, como Cildo Meireles, Eduardo Muylaert e Marepe. A renda vai ser revertida para a ONG Associação Civil Anima e algumas peças vão ter preços mais "em conta" do que nas exposições regulares. Cada gravura de Cildo sairá por R$ 3.000.

VALE-MÚSICA
Ex-VJ da MTV, a cantora performática MIM agora vai investir na moda. Lança uma coleção de roupas, em parceria com a marca Ecow, que vem com um brinde especial para quem gosta do seu estilo: cada peça traz um código para baixar uma de suas músicas.

SE JOGA NA PARTY!
Pratique seu inglês nas festas da cidade: o clube The Week, que ostenta o aposto "Made in Brazil" e tem como atração os "The Week Dancers", promove hoje sua nova "Pool Party". A festa acontece fora das pistas Colours e Babylon, no deque, e a casa lembra que o cliente "Membership White" é VIP até as 18h30.

 

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